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sábado, 4 de abril de 2015

Porto Santo

Porto Santo ---Tem por cabeça do único Concelho e capital da Ilha,a Vila que é hoje Cidade Baleira,toponímico histórico do tempo da descoberta e citado pelos cronistas,mas decaída em desuso por força da expressão genérica«Cidade do Porto Santo»,Está voltada ao Sul,assente planura,base,por assim dizer,do Pico do Castelo que a domina em fundo,aguçado em cone,orgulhoso e pimpão da sua eriçada coma de vegetação luxuriante que agita como troféu de vitória sobre uma paisagem de aridez secular.Descem suas faldas rapidamente da cota de 438 para 275 m,espreguiçando-se para baixo com lassidão até abeira-mar,sobre terreno de levantamento e erosão deitou-se e adormeceu na Cidade Baleira que começa a despertar para o progresso duma redescoberta

É todavia a mais espaçosa e arruada do arquipélago,aberta com largos horizontes aos quatro pontos cardiais,lavada a sol descoberto,varrida de brisa constante e fagueira,desafogada,limpa e alegre como nenhuma outra da Madeira.

É debruada a ouro por uma extensa praia de areia,que o mar,num amplexo de mansidão e carinho,estreita entre os ilhéus da Cal e do Farol.

O primitivo termo desta Vila,hoje Cidade Baleira«era limitado de Oeste,a subir o Ribeiro da Fontinha,que fizeram coisas muito lindas nesse Ribeiro,onde uma casa quase foi feita dentro dele,um pouco mais a frente um Hotel,que foi feito no terreno da Fábrica ,pois esse ribeiro hoje está muito mais estreito,onde não sei quem autoriza essas ideias,de mexerem onde não devem,que vinha correndo de Norte pelas Lombas,Matas e Arrifes,galgando a Ribeira da Cidade que também têm outra casa lá dentro,tudo coisas aprovadas como lhes dão na ideia,que ia abraçar os Salões e vir de novo ao Mar pelo Ribeiro de Santo António»Modernamente circunscreve-se um pouco fora dos 
destes limites,desenvolvendo-se porém e urbanização dentro do seu antigo lugar,e sempre aconchegada à igreja matriz,no centro da povoação.

Junto desta,o Largo do Pelourinho.A Largo também lhe chama Passeio o povo,por fazer dele termo de espairecimento, estância de madureza e recreio,sob copadas palmeiras e em bancos públicos de espaldar,aos domingos e dias santos de todo o ano,e diariamente salão de visitas e serões durante o estio,posto de observação de modas e pessoas estranhas,passagem dos modelos e figurinos locais,recanto de tertúlias,convivência e cavaco com veraneantes e forasteiros.

À sombra dos Paços do Concelho,a Domus Municipais,como queria o Rei D.Manuel I.Chamamos-lhe Domus Municipalis porque afeta características históricas e peculiares da casa romana.

Sede dos seus municípios,pois é armada em base quadrilongo com andar nobre dum só salão,como as do tipo ainda existente Portugal,desde o século XVI,embora não apoiada em arcaria, mas afeiçoada em parte ao mesmo estilo.Dão-lhe acesso exterior dois laços de escada,duplicados,à antiga portuguesa,desfigurando no entanto o frontispício o acrescentamento duma dependência no lado esquerdo,adaptada a secretaria,enquanto o camartelo do bom senso e da mais elementar estética não repudiar aquela afronta destruindo a janela e sua quadra.Orna-lhe o portal de arco romano o escudo português encimado pela coroa real do monarca vigente ao tempo da edificação.Onde este símbolo monárquico sofreu o impulso da refrega revolucionária de 1910.Não o destruíram como aos demais da Madeira,mas voltaram-lhe a coroa ao contrário.
De cuja posição a tirou o 1º Tenente Joaquim Pinto Pinheiro primeiro presidente da Câmara com a Revolução Nacional.O farol de Município obteve-o o Porto Santo poucos anos depois da carta de Doação da Donataria de Bartolomeu Perestrelo,primeiro do nome dada a 1 de Novembro de 1446.Foi elevado a Provedoria Administrativa em 1834 e a Concelho em 1885.Por parecer do Marquês de São Paio,modificaram-se as armas,bandeira e selo do Município a 27 de Fevereiro de 1946,com estas peças e símbolos.

Armas ---- De prata com o dragoeiro de verde cor natural,firmando em monte de areia de sua cor,tudo assente em contra-chefe ondado de três peças de verde e prata.Coroa mural de quatro torres de prata.
Bandeira---De verde,cordão e borlas de prata e de verde.Listel de prata com as palavras«Porto Santo» em caracteres de negro.Haste e lança douradas.Selo ----Redondo,tendo no centro as peças do escudo sem indicação dos esmaltes e à volta,entre círculos concêntricos,as palavras«Câmara Municipal do Porto Santo»És o simbolo da linda Bandeira de Porto Santo,que tenho certeza muitos nem saber.Peço desculpa mas como tudo em Porto Santo até sua Bandeira não se encontra em tamanho natural,estou farta de procurar.Tenho vergonha de colocar esta miniatura .








segunda-feira, 30 de março de 2015

O Caís de Porto Santo.

No Porto Santo O principal porto,a Sul  da hoje Cidade Baleira,é formado por uma extensa baía com bons fundos de areia e uma zona de cerca de 1.500 m entre as profundidades de 20 a 50 m.É desabrigado dos ventos rijos de Sul e de Leste. Antigamente as embarcações de alto bordo ancoravam longe da terra,no enfiamento da ponta do cais com a torre
da igreja matriz em fundos de 25 a 35 m.Quando o vento sul os impedia o serviço naquele porto,utilizava-se o desembarcadouro da Serra de Fora,ou no Porto dos Frades,a Leste;se o impedisse o tempo Leste,era forçado ir para o Porto das Morenas e fazer o desembarque na Calheta,na extremidade da praia.A norte dos Picos do Castelo e do Facho existia também um desembarcadouro,o do Pedregal,a que se recorria sempre que o tempo SUL impossibilitava o trafego marítimo na hoje Cidade Baleira.Hoje este Caís está com falta de obras e não é muito pouco,o porque de não restaurar. esta grande obra.

O Tempo

Tempo
Tempo — definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia. 
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga

domingo, 29 de março de 2015

O Pirrixil

há muitos anos atrás se usava na nossa Ilha o perrexil cozido para acompanhamento de peixe,era o único alimento de que se servia o povo em Quinta -Feira de Endoenças é o significado de Sexta-Feira de Paixão,fazendo jejum nesses dias em memória de Cristo.Por penitência ou não,se colhe ainda todos os anos ali,na Semana Santa,perrexil para uso doméstico,fresco ou de escabeche.Os moluscos denominados caramujos e lapas eram geralmente molhados do perrexil . Hoje continua como tradição na Ilha.mas com pouco uso.


As lapas de Porto Santo sempre tiveram um sabor diferente,muito mais saborosa ,é uma lapa média onde só basta colocar um pouco de manteiga e uns pingos de limão é o que basta pois ela de si têm o seu sabor.No meu tempo de criança poucos eram os que comiam lapas,só os Pescadores ,ou muitas vezes por passeio se ia com a Maré vazia e se apanhava era um Domingo bem passado a apanhar lapas e caramujo ,nunca foi apreciadora desse moluscos.



terça-feira, 24 de março de 2015

Datas Históricas

Datas Históricas,1955(31 de Maio--Visita do Presidente da República portuguesa,General Francisco Higino Craveiro Lopes,ao arquipélago,onde se demorou até 2 de Junho,percorrendo todos os Concelhos do Distrito.E no Porto Santo esteve apenas duas horas,e ali lançou a primeira pedra para um monumento ao Infante D.Henrique.
Foi o primeiro Chefe de Estado português a visitar a nossa Ilha,padrão das Descobertas.Acompanhou-o o Ministro do Ultramar,Sarmento Rodrigues,e veio esperá-lo ao Funchal o Ministro do Interior Dr.Trigo de Negreiros.O General Craveiro Lopes recebeu nas duas Ihas vivas entusiásticas homenagens de caráter oficial e particular.Mas só duas horas em Porto Santo,foi só desembarque e colocação da pedra.O que mais tarde foi construído no belo monumento,
formado por uma seção quadrangular e imponente onde, em cada um dos lados se encontram relevos alusivos aos descobrimentos da época do Infante D. Henrique.
Inaugurado a 28 de Agosto de 1960, o Monumento aos Descobrimentos, obra de António Aragão, fica situado na Alameda do Infante.O que por falta de saber sua História os habitantes o batizaram pelo pau de sabão,por falta de nem digo.

Monumento


quarta-feira, 18 de março de 2015

HIDRÁULICA DE PORTO SANTO



Vou mas é falar um pouquinho Da Hidráulica do Porto Santo e deixar passar essa da taxa,pelo que vejo por lá querem mesmo ir ao fundo.
HIDRÁULICA DO PORTO SANTO-----A irrigação desta Ilha,embora de sistema semelhante à da Madeira,apresentava no entanto características especias devido a uma escassez de água,à origem dos mananciais e à natureza do solo.A região baixa,
à beira-mar,era regada em geral com água de poços subterrâneos ou cisternas abertas dentro dos próprios terrenos que regavam,tendo 5 a 10 metros de profundidade e diâmetro varável entre 80 cm,a 5 m.

quarta-feira, 11 de março de 2015

posturas

As Posturas Municipais de 1791,confirmando a proibição dos tecidos anteriores,acrescentaram mais as cassas e toda a qualidade de rendas,só permitindo seda lisa,preta,para mantos e toda a qualidade de cabaias,vestuário de mangas largas.Em consequência de tais medidas passou-se a trabalhar o linho e a tecê-lo no Porto Santo,desde 1780 para a fabricação dos panos populares da Madeira. Em 1827,trajava-se ainda a indumentária de panos coloridos e corte do vestuário madeirense,como dá testemunho a estampa daquela data atrás referida.Sendo assim a nossa Ilha produzia alguma coisa,dizem não dar nada .

mais tarde

Mais tarde Impôs a Rainha D. Maria I,como de economia um vestuário fabricado de produtos insulares,e com o fim de combater o luxo demasiado e a prosápia invencível de fidalguia de que se ufanavam os habitantes em geral,prejudicando a vida e a economia do Porto Santo.Por isso o Município pôs em vigor estas Posturas,a partir de 1780,

Trajos de Porto Santo

Porto Santo-----O trajo popular da nossa Ilha ,segundo testemunhos contemporâneos e reproduções de estampas coloridas,foi semelhante nalgumas peças ao da Madeira.Uma diferença,porém,o distinguiu sempre do madeirense ao procurar confundir-se com o das classes superiores pela origem ou pela prosápia fidalga da maior parte dos seus habitantes.O predomínio da ascendência fidalga sobrepôs-se de tal modo ao costume do servo de gleba e ao do escravo,e repercutiu-se pelos séculos fora tão arraigadamente que,hoje,o mais pobre aldeão,embora lhe faltem botas,não deixa de vestir casaco,pôr gravata e chapéu como usa o fidalgo ou seu senhor;não arregaça mangas nem se descalça geralmente para trabalhar;usavam bigode que era distintivo de linhagem.Todavia passou por ali também a bota de cano seiscentista e o clássico chapéu braguês à alentejana,o que ainda hoje mais resiste a todas as modificações do trajo regional da nossa Ilha.
Passados anos,afrouxando o rigor legal ou desleixando-se do seu cumprimento as autoridades da Ilha,o povo abandonou o trajar colorido e retomou o antigo costume de vestir-se ao figurino de seus antepassados e presunções fidalgas.Atualmente a indumentária apresenta-se modificada segundo o talhe e colorido europeus.O homem,em dias de trabalho,com chapéu berbere de palha de palma entrançada,debruado de preto,veste casaco e calças de cotim amarelo-torrado ou só calças de pano e camisa branca de corte moderno.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A tal conversa de dom

Aos fidalgos da «sétima idade»se referiu também Garcia de Resende,em 1545,nesta estância da Miscelânia:
Garcia de Resende.
«Os reis por acrescentar
as pessoas em valia,
por lhes serviços pagar,
vimos a uns o dom dar,
e a outros fidalguia:
já fé os reis não hão mister,
pois toma dom quem o quer
e armas nobres também
toma quem armas não tem,
e ,dá o dom à mulher».
Justifica-se este epigrama pelo abusivo uso de prenome Dom que,por privilégio real,fora criado e só conferido à nobreza de Portugal para pagar ou galardoar serviços grandes à Pátria.Também  o concedera alguns Reis a gerações sem estripe e sem altos serviços,como a indivíduos  de  cotada categoria social,eclesiástica e militar e de cargos de responsabilidade pública  beneficiadores da nação,mas limitados aos homens e sempre negados a mulheres,até mesmo descendentes de sangue real,como se vê no tratamento,denunciado por instrumentos públicos,dado a sua filha por EL-Rei D. Dinis.
D. Dinis
As Ordenações e Leis do Reino de Portugal,datadas de 1603,defendiam que «nenhum homem nem mulher se possa chamar nem chame de Dom,se lhe não pertencer de direito...ou por nossa mercê,ou que nos livros de nossas moradias  com o dito Dom andarem.E as mulheres (só) o poderão tomar de seu pai,mãe ou sogras que o dito Dom  direitamente tiverem».Mas as mulheres do Porto Santo se deixaram contagiar da vaidade deste renome,aliás,«concedido---segundo consta----oficialmente às mulheres dos negociantes da praça de Lisboa» por EL-Rei D. José,e envaidecer-se,por prosápia de fidalgas,presumindo de descendentes dos primeiros povoadores que,na realidade,eram geralmente nobres ou fidalgos,muito embora o privilégio de Dom não fosse de direito natural nem social para toda a Nobreza e Fidalguia.Abriu-se todavia um precedente excepcional na história da Ilha para se chamarem de Dom as mulheres,fora das  Ordenações do Reino.Requereu esse privilégio particular o Donatário Bartolomeu Perestrelo,pedindo-o a EL-Rei D.João III e este concedeu,por Alvará de 6 de Novembro de 1522,que a mulher e noras deste fidalgo de sua casa,se pudessem chamar de Dom,por alegar que do mesmo título já usava toda a sua linhagem,na Lombardia.Devem dizer o porque de escrever isto.Porque ainda hoje no século XX no Porto Santo  muitas senhoras não sei de onde vêm o Dom  lhe chamam Dona,deve de ser Dona do que é seu.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Winston Churchill

Winston Churchil na altura vila de Câmara de Lobos.
Em 1950  no dia 1 de Janeiro --Visita  a Madeira Winston Leonard Spencer Churchill,chefe do Partido Conservador
da Inglaterra,em fériasde repouso que teve de interromper a 12 do mesmo mês, por motivo  de propaganda eleitoral .Foi um acontecimento invulgar a presença de Winston Churchill na Ilha,tornando-se extremamente simpático aos funchalenses pela sua afabilidade  e bonomia atraente .Correspondia a todas as saudações da multidão com o tradicional V simbólico da vitória,feito com os dedos indicador e maior.Ao pedido de algumas  palavras,em seguida ao desembarque,para a Emissora    Nacional
O escritório da Emissora Nacional.
Churchill levantou bem alto o chapéu e respondeu:Happy new year every body»,abrindo um sorriso natural e cheio de íntima alegria à numerosa assistência que se apinhava no cais,
enquanto com o entusiasmo deixava cair a mão o inseparável e característico charuto,companheiro de todos os momentos,que alguém discreta
 e apressadamente recolheu e guardou como relíquia história.
Ao Marchal Óscar Carmona que nessa altura era o Presidente da República telegrafou o Primeiro Ministro Inglês
 a dizer-se «encantado  com o carinho de recepção dispensada» pelo povo madeirense;e numa reunião íntima declarou que,«
se conhecesse a Madeira,já a teria visitado mais vezes»
Enquanto esteve no Funchal, trabalhou este estadista nas suas Memórias e empregou o pincel de exímio artista a reproduzir  trechos panorâmicos  da pitoresca vila de Câmara de Lobos e do assombroso vale da Ribeira da Metade,no Ribeiro Frio.Aqui deixo algumas de suas pinturas de Câmara de Lobos.
Lindo o quadro e o amor como foi pintado.
Na despedida,findos os cumprimentos,saiu da roda das homenagens para procurar o seu motorista no Funchal,de apelido Abreu,a quem apertou a mão deixando-o visivelmente comovido  com este expressivo gesto.Apercebeu-se o «Leão da Vitória»do embaraço do Abreu,pelo que lhe bateu carinhosamente nas costas a sorrir para o tirar de tamanho embaraço.Sublinhou esta fidalguia e generosa atenção,com uma quente e prolongada salva de palmas,a numerosa assistência do cais da navegação aérea,naquela histórica e jamais esquecida manhã.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

bolo de mel

Por ser um bolo característico de confecção tradicional,inventado na Madeira com a introdução da cana sacarina,damos uma das receitas mais conhecidas:
quantidades.
farinha de trigo,4 quilos;
mel de cana ,2 litros 1/2;
manteiga de vaca,1 quilo;
banha de porco,1 quilo 1/2;
açúcar,2 quilos;
canela da Índia, 60 gramas;
cravo de acha,10 gramas;
soda,50 gramas;
cravo da Índia,15,gramas;
erva doce,em pó,5 gramas;
nozes esmagados,1 quilo e 1/2;
gengibre,15 gramas;
cidra curtida,1/2 de quilo;
amêndoas esmagadas ,1/2 de quilo;
noz moscada,10 gramas;
fermento,750 gramas.


sábado, 31 de janeiro de 2015

O Centro de Saúde do Porto Santo.

O Centro de Porto Santo era o maior e melhor apetrechado de todos,visto ser ao mesmo tempo hospitalar,devido à distância a que estava da Madeira aquela Ilha,à falta e irregularidade de comunicações interinsulares.Por isso foi dotado pela junta Geral,em 1955,de Raios X e acessórios de Câmara-Escura,Radiografia,Diatermia,Ondas Curtas,Raios Ultra-Violetas,Infra-Vermelhos e Frigorifico.Competia  com o do Porto Santo o Centro do Seixal por ser dotado de hospitalização.Os principais serviços sanitários de utilidade pública para todo o arquipélago,centralizados no Funchal,são ministrados nestes estabelecimentos:Que foi feito de tudo isto,e com mais médicos a trabalhar,pois nos anos 50 era só um médico e duas enfermeiras,hoje existe tanta reclamação os utentes se dirigem para a Madeira,é bom que quem sabe o porque de tudo isto escreva o resto,pois é bom tudo se saber.há muito já vinha a passar do limite.Muitos dizem faça férias em Porto Santo,concordo e a Ilha têm tudo para umas boas férias pergunto?Onde está um bom atendimento hospitalar,se seus habitantes quase não têm.
Sei que tenho visitas de muitos amigos em meu blog,podem deixar vossas criticas,porque eu respondo amigos.




quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

letra vulgar e primitiva do baile do Ladrão

Eu da boca fiz tinteiro,
da língua pena aparada,
dos dentes letra miúda.
Dos beiços carta cerrada.
          ***
Ó minha mãe,olha aquele
que me quer levar p"ra rua,
--Ah Ladrão,larga a menina
Que ela é minha e não é tua.
             ***
Ah Ladrão,Ladrão,
Ah Ladrão maldito,
para que me negas
o que me tens dito?

Ó Sério,meu bem,ó Sério,
Ó Sério,devagarinho;
Ó Sério,dá-me um abraço,
Ó Sério,dá-me um beijinho.
As danças típicas tanto da Madeira como do Porto Santo,em que os pares não se tocam senão raramente de mãos,guardam o respeito e a conveniência dos bailados regionais das Beiras.
E assim continua o baile de tantos anos.




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Paços do Concelho do Porto Santo

Porto Santo ---Tem por cabeça do seu único Concelho e capital da Ilha,a Vila Baleira, hoje Cidade toponímico  histórico do tempo da descoberta e citando pelos cronistas,mas decaído em desuso por força da expressão genérica«Vila do Porto Santo».Está voltada ao sul assente .numa planura,base,por assim dizer,do Pico do Castelo que a domina em fundo,aguçado em cone, orgulhoso e pimpão da sua eriçada coma de vegetação luxuriante que agita como troféu de vitória sobre uma paisagem de aridez secular.
Descem suas faldas rapidamente da cota de 438 para 275 m, espreguiçando-se daí para baixo com
lassidão até a beira-mar.Sobre terreno de levantamento e erosão deitou-se e adormeceu a Cidade Baleira que começa a despertar para o progresso duma redescoberta.É todavia a mais espaçosa e
arruada do arquipélago,aberta com largos horizontes aos quatro pontos cardiais, lavada a sol descoberto,varrida de brisa constante e fagueira,desafogada,limpa e alegre como nenhuma outra da Madeira.É debruada a ouro por uma extensa praia de areia,que o mar,num amplexo de mansidão e carinho,
estreita entre os ilhéus da Cal e do farol.
Ilhéu da cal
Farol do ilhéu de cima.
O primitivo termo  desta Vila «,era  limitado de Oeste,a subir o Ribeiro da Fontinha,correndo de Norte  pelas Lombas,Matas e Arrifes,galgando a Ribeira da Vila para abraçar os Salões e vir de novo ao Mar pelo Ribeiro de Santo António»Modernamente circunscreve-se um pouco fora destes limites,desenvolvendo-se porém mais em urbanização dentro do termo do seu antigo lugar,e sempre aconchegada à igreja matriz,no centro da  povoação;junto  desta,o Largo do Pelourinho() era o nome dado a este largo também lhe chama Passeio o povo,por fazer dele termo de espairecimento,estância de madureza e recreio,sob copadas palmeiras e em bancos públicos de espaldar,aos domingos e dias santos de todo o ano,e diariamente salão de visitas e serões durante o estio ,posto de observação de modas e pessoas estranhas,passagem dos modelos e figurinos locais,recanto de  tertúlias,convivência e cavaco com veraneantes e forasteiros.
Armada em base quadrilongo com  nobre  dum só salão,como as do tipo  ainda existente em Portugal,desde o século XVI,embora não apoiada em arcaria,mas afeiçoada em parte ao mesmo estilo.Dão-lhe  acesso exterior dois laços de escada,duplicados,à antiga  portuguesa,desfigurando no entanto o frontispício o acrescentamento duma dependência no lado esquerdo,adaptada a secretaria,enquanto o camartelo do bom senso e da mais elementar estética não repudiar aquela afronta destruindo a janela e sua quadra.
Orna-lhe o portal de arco romano o escudo português encimado pela coroa  real do monarca vigente ao tempo da edificação.Este símbolo monárquico sofreu o impulso da refrega revolucionária de 1910.Não o destruíam como aos demais da Madeira,mas voltaram-lhe a coroa ao contrário,de cuja posição a tirou o 1.º Tenente Joaquim Pinto Pinheiro,presidente da Câmara com a Revolução Nacional.O foral de Município obteve-o o Porto Santo poucos anos depois da Carta de Doação da Donataria de Bartolomeu Perestrelo,
Bartolomeu Perestrelo.
primeiro do nome,dada 1 de Novembro de 1446.Foi elevado a Provedoria Administrativa em 1834 e a Concelho em 1835.Por parecer do Marquês  de São Paio.
Marquês de São Paio.
Modificaram-se as armas,bandeira e selo do Município a 27 de Fevereiro de 1946,com estas peças e símbolos:
Armas ---De prata  com dragoeiro de verde, cor natural,firmando em um monte de areia de sua cor,tudo assente em contra-chefe ondando de três peças de verde e prata.Coroa mural de quatro torres de prata.
Bandeira ----- de verde,cordão e borlas de prata e de verde.Listel de prata com as palavras«Porto Santo« em caracteres de negro.Haste e lança douradas.Selo Redondo,tendo no centro as peças do escudo sem indicação dos esmaltes e à volta,entre círculos concêntricos palavras«Câmara Municipal do Porto Santo».Não reproduzimos as Armas dos outros concelhos do arquipélago por estarem a modificar-se em suas peças e simbolismos. Amigos mais tarde colocarei  o mais moderno de Porto Santo.



sábado, 17 de janeiro de 2015

Capela de Nossa Senhora da graça

A Capela de Nossa Senhora da Graça,dada como instituída no século XV,foi transferida no primeiro quartel do século XIX para local mais seguro,próximo e a leste sendo primitiva ,por arruinada das cheias e erosões dum ribeiro.Principiou sua segunda edificação em 1813,sendo porém suspensa a sua obra depois de  já estar concluídas as paredes,por falta de concordância entre o povo de Porto Santo,entre o doador do terreno que exigia a posse da chave  e uso fruto da capela,resultado do não acordo os trabalhadores interromperam durante 130 anos a sua obra.
Durante estes anos arruinaram-se as paredes,pelo que teve de ser completamente reconstruída,desde 1949 até 1951, por sugestão do Bispo diocesano,diligências do Pároco Padre Silvano Ernesto de Sousa Jardim,com trabalho e dinheiro do povo ,e comparticipação do Estado e auxílios de generosos benfeitores,distinguindo-se entre todos Jorge Brum do Canto.
Jorge Brum do Canto que de 1953 a  1959 ,interrompeu a sua actividade  no cinema e partiu  de Lisboa  para Porto Santo,onde se fixou  e dedicou à administração  agrícola e á pesca,onde só nos anos 60 voltou ao cinema.
E auxílios do Visconde de Cacongo da Madeira.
Coloco novamente a mesma foto por não encontrar muito mais fotos desta linda Capela,tanto por dentro como por fora.O que é muita pena minha.voltando novamente á sua construção o seu átrio  deste templo é octogonal,afim da arquitetura copta,afetado com corpo e a ábside  o desenho duma custódia cujo pé  é o altar.Foi esta reconstrução delineada inteiramente pela traça do primeiro plano,redução ao que consta dum templo italiano,servindo de alicerces as próprias paredes primitivas.
As suas linhas são hieráticas,duma elegância invulgar,não lhe correspondendo porém o estilo do frontispício que exige futura correção.
Nossa Senhora da Graça.


Em dias de Arraial.