Porto Santo,Arquipélago da Madeira,é uma Ilha acolhedora,com uma praia com 9 km de areia fina dourada.
Pedra Basilar dos Descobrimentos Portugueses.
A ilha do Porto Santo foi descoberta no ano de 1418 por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo tudo isto escrito sobre a ilha de Porto Santo foi escrito por Eduardo C.N.Pereira DA ACADEMIA ,DE CIÊNCIAS ,LETRAS E ARTES DE S.FERNANDO (CADIZ,ESPANHA)E PORTUGUÊS DE ARQUELOGIA E ETNOGRAFIA DE LISBOA DATA DE 1957.
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COMO E PORQUE SE CONSTRUIU O AEROPORTO NA MADEIRA E NA ILHA DE PORTO SANTO
AEROPORTOS.
A Madeira ,precursora do turismo mundial,cuja corrente se fez espontâneamente para esta ilha há mais de quatro séculos,por virtude de sua natureza física,condições meteorológicas,situação geográfica e vida política,sempre mereceu a preferência dos ingleses da Europa.Mas as deficiências do antigo porto do Funchal e a privação de comunicações aéreas directas e indirectas para o exterior ,principalmente o turismo insular e perturbavam economicamente a vida da população.Por feliz iniciativa da Aquila Airways Limited ,de Londres ,a Madeira teve a grata surpresa de ver deslizar em suas águas , a 25 de Março de 1949,o primeiro aparelho comercial,o «Hampshire»
Hampshire
Em voo experimental ,a iniciar uma carreira regular entre Inglaterra ,Lisboa e Madeira,a 15 de Maio do mesmo ano,o«G ,Ageu »,daquela empresa aérea deslizou em águas do porto do Funchal..Toda a população do Funchal vibrou de entusiasmo ,acorrendo à baía ,abandonando suas casas e trabalho para admirar dos arrabaldes e festejar de toda a parte o grande acontecimento .Não a despertou e moveu a simples curiosidade de ver uma aeronave ,porque essa já fora satisfeita em 22 de Março de 1921 com a ligação de Lisboa Madeira por um F 3
F -3
De dois motores « Rolls-Royce»de 350 cavalos cada um ,tripulado por gloriosos aviadores Sacadura Cabral,Gago Coutinho,Ortins Bettencourt
para resgate e o mecânico francês Soubiran ,em viagem experimental do método Coutinho-Cabral ,precursor da orientação aérea por que se guiou a Aeronaútica internacional ;a população saudou delirantemente a promessa de uma era nova para resgate da vida madeirense pela revivescência do turismo regional. O relevante serviço prestado pela Aquila Airways ao arquipélago bem demonstrativo de necessidade de uma carreira aérea ,pelo incremento dado ao turismo ,ao comércio e à industria de exportação para o estrangeiro ,assim como as contingências sofridas,não raras vezes no Ano ,com digressões forçadas dos hidroaviões a se deslocar para Canárias e a outros locais de abrigo e recurso na Madeira,por deficiências do Porto do Funchal mudanças de tempo e agitações inesperadas do mar ,onde encareceram justamente a vantagem inadiável dum aeroporto marítimo já incluído na ampliação em curso ,da respectiva baía Mas não menos imprescindível era a instalação dum aeroporto terrestre que já estava estudado para Abril de 1957,e também a construir no Porto Santo ,ou São Martinho,Caniçal,ou em Santa Cruz.Não obstante as grandes dificuldades a vencer numa superfície tão acidentada como a Madeira,não se desinteressou deste indispensável melhoramento insular e nacional o anterior Governo português que,pelo Ministério das obras Públicas e pela Direcção Geral da Aeronáutica Civil,se dispôs a resolvê-lo.Tanto nas comunicações marítimas como as aéreas colocam problemas interdependentes cuja solução não se podia adiar.Por isso teve a Madeira como complemento da melhoria e modernização do porto marítimo ,e a construção dum aeroporto terrestre correspondente ao valor já do seu turismo internacional.
E A PARTIR DAQUI COMEÇOU ONDE SERIA O MELHOR LUGAR.PARA A CONSTRUÇÃO DO AEROPORTO
Desde que o Governo da República
resolveu dotar o arquipélago da
Madeira com uma estrutura aeroportuária,
nos finais da década de
40 do século passado, realizaram se
diversos estudos que tinham em
vista escolher os locais que do ponto
de vista operacional pudessem
constituir as melhores sugestões,
com vista à implementação do respectivo
projecto.
Seguiram-se durante mais de
uma década os estudos. Deslocaram-se
à Madeira, pelo menos em
três vezes – 1944, 1946 e 1956 –
missões técnicas constituídas por
engenheiros da Direcção Geral da
Aeronáutica Civil (DGAC), que visitaram
os locais considerados
mais apropriados. A intenção era
encontrar um terreno com extensão
adequada para uma pista de
aviação, num local com determinadas
características, das quais a
constância dos ventos era muito
importante. O certo é que a ilha da
Madeira não oferecia muitas escolhas
e as sugestões recaíam sempre
numa lista muito pequena, na qual,
com o decorrer dos anos, começou
a tomar mais consistência o sítio
de Santa Catarina, na freguesia de
Santa Cruz. Primeira missão técnica
na Madeira
Desde a primeira missão técnica
que visitou a ilha, em 1944, que foram
analisadas diversas localizações,
sendo os locais constantes de
uma primeira abordagem o Paul da
Serra, a Ponta do Pargo, os Prazeres,
o Chão das Feiteira, entre o
Poiso e o Ribeiro Frio, São Jorge e
Santana, no Norte da ilha, a Camacha
e São Martinho, nos arredores
do Funchal. As observações continuadas
desses locais durante os
dois anos seguintes mostraram que
estavam expostos a nevoeiros intensos
durante o Inverno, que estavam
muito longe da cidade do
Funchal, coração da vida regional e onde estavam localizados os hotéis
mais importantes.
A segunda missão, em 1948, deteve-se
em São Martinho, que de
entre as sugestões anteriores parecia
ser a que teria melhores hipóteses,
não obstante implicar grandes
movimentações de terras. Contudo,
atentos a despesas, os técnicos
da DGAC tomaram logo em conta
que seriam necessárias verbas
muito grandes para pagar as indemnizações,
já que nesses terrenos
muito próximos do Funchal,
existiam propriedades familiares
com muitas casas de habitação. As dificuldades agravaram-se quando
num primeiro estudo prévio do
projecto, os técnicos começaram a
ter em conta a área de servidão aeronáutica,
decorrentes dos cones
de aproximação e descolagem que
requeria a eventual construção de
uma pista de aviação no Funchal.
Numa última escolha, já em
1956, a lista apresentava apenas
três localizações: Santo da Serra,
com uma zona planáltica interessante,
mas muito exposta a nevoeiros,
predominantes no Inverno;
São Lourenço, no Caniçal, com
ventos fortes em determinadas
épocas do ano; e Santa Catarina,
em Santa Cruz, que entre as três
hipóteses ainda era a que apresentava
melhores condições de operação,
tendo em conta as características
aerológicas dominantes o Governo decide construir
dois aeroportos
Face aos resultados e opiniões expressas
nos relatórios das missões
técnicas, o Governo de Lisboa logo
entendeu que a solução, que deveria
ser implantada no final da década
de 50, tinha de contemplar dois
aeroportos. Um na ilha do Porto
Santo, e que poderia ser construído
imediatamente, pois o terreno era
mais plano, as propriedades a expropriar seriam mais baratas e o
projecto potencialmente mais simples.
E um segundo aeroporto deveria
ser construído na Madeira,
pois as forças vivas da ilha, nomeadamente
as que estavam ligadas
aos hotéis e ao comércio em geral
reivindicavam ligações aéreas, a
exemplo de outros destinos turísticos
europeus, e porque a experiência
das carreiras regulares dos hidroaviões,
ameaçadas face à situação
financeira muito débil da
Aquila Airways, tinham demonstrado
que havia tráfego, nomeadamente
ingleses, interessados em
passar férias na ilha.
Em 1958 o Governo de Lisboa
decidiu construir um aeroporto na
Madeira, no mesmo ano em que foi
fundada a Artop – Aero Topográfica,
Lda., uma empresa criada por
ideia de dois pilotos da TAP – Durval
Mergulhão e Câncio Ferreira –
face ao desinteresse que a companhia
portuguesa de bandeira mostrara
em relação à linha Lisboa Madeira
que, naquela ocasião, só
poderia ser assumida por uma empresa
de transporte aéreo que tivesse
hidroaviões. A TAP continuava
a sua expansão, com linhas
para o continente africano onde
era grande a influência portuguesa ,com um mercado de passageiros , sempre crescente. Embora
com o monopólio das carreiras aéreas regulares dos aeroportos portugueses,
a TAP prescindira da linha
da Madeira, tendo o Governo
aprovado a concessão desta rota à
Artop, da qual eram sócios os pilotos
Durval Mergulhão e Câncio
Ferreira. Numa primeira fase,
quando procuravam equipamento
surgiu hipótese de ficarem com os
hidroaviões da Aquila Airways, alguns
deles já parados. A TAP, que
já então prestava serviços de manutenção
aérea desaconselhou o
negócio e a Artop foi comprar dois
aparelhos PBM-5 Mariner, excedentes
da Marinha dos Estados
Unidos da América, que estavam
parados em Filadélfia e em San
Diego. Os aparelhos deslocaram-se
para Lisboa a expensas dos EUA e
foram reconvertidos em aviões civis,
já em solo português, por técnicos
especializados das Oficinas
Gerais de Material Aeronáutico e
da TAP, sob a supervisão da DGAC.
O primeiro avião da Artop a ser
testado e a entrar ao serviço (matrícula
CS-THA) foi baptizado
com o nome de ‘Madeira’. A certificação
tinha a data de 1 de Outubro
de 1958, data também do primeiro
voo para o Funchal. Um voo
inaugural que trouxe a bordo diversas entidades nacionais, entre
as quais o presidente da ‘concorrente’
TAP, que nesse tempo era um
madeirense, o brigadeiro João Albuquerque
de Freitas. Talvez poucos
sabiam que um nosso conterrâneo
já tinha presidido aos destinos
da nossa companhia aérea de
bandeira. A 8 de Novembro o segundo
avião da Artop tinha sido
certificado e apresentava-se pronto
para operar na linha da Madeira.
A Aquila Airways que entretanto
estava em grandes dificuldades financeiras, das quais nunca tinha
recuperado desde a crise de 1954,
tinha realizado o seu último voo
entre Lisboa e o Funchal, no dia 28
de Setembro de 1958. Nesta rota, os
hidroaviões da Aquila transportaram,
desde 1949, 68.111 passageiros.
O segundo avião da Artop (matrícula
CS-THB) foi baptizado com
o nome de ‘Porto Santo’. Nos testes
pilotos e mecânicos verificaram algumas
deficiências, consideradas
de menor importância, e que depois
de reparadas, conferiram ao aparelho a confiança suficiente
para a DGAC lhe entregar o respectivo
certificado de navegabilidade.
No dia seguinte, 9 de Novembro
de 1958, foi escalado para o
voo Lisboa-Funchal. O mau tempo
fez com que a viagem fosse atrasada
por duas vezes. O comandante e
copiloto, de nacionalidade britânica , decidiram deslocar pelas
12,20, mais de cinco horas depois
da hora prevista. A viagem não
corria bem. Cerca de uma hora depois
da saída de Lisboa foi recebida.em Lisboa uma mensagem que dizia
que o comandante iria tentar
uma “Amaragem imediata”. Nada
mais se soube do aparelho e as buscas
que se prolongaram por mais
cinco dias não trouxeram qualquer
notícia, nem sequer fragmentos da
fuselagem ou do seu interior que
pudesse confirmar a sua mais que
certa queda no Atlântico. Este acidente
fatal feriu de morte, também,
a nova Artop, que viveu apenas
alguns meses. Com uma única
aeronave e face à expansão da aviação
comercial, em que a maioria
esmagadora das companhias integrava
nas suas frotas aparelhos que
deslocavam de terra firme, nada
havia a contrapor. O desastre que
provocara 36 mortos (seis tripulantes
e 30 passageiros), a que se
juntava outro da Aquila, poucos
anos antes, tinha retirado confiança
aos passageiros e acreditava-se
então que essa era, do transporte
aéreo em hidroaviões, tinha chegado
do fim. Este avião sinistrado da
Aquila, que viajava de Southampton
para o Funchal, com escala em
Lisboa, despenhou-se no mar pró-
ximo da Ilha Wight, devido a uma
avaria grave no segundo motor,
quando já tinha perdido o primeiro.
Provocou a morte de todos os
seus tripulantes (oito) e de 37 dos
50 passageiros, alguns dos quais se dirigiam para a
Madeira.
Estes foram os factos que, ao fim
e ao cabo, contribuíram de forma
decisiva para que o Governo Português
tivesse optado pela construção
de aeroportos nas duas
ilhas do Arquipélago da Madeira.
Em 1959 já estavam no terreno as
obras de construção da estrutura
aeroportuária do Porto Santo. A 20
de Julho do ano seguinte foram
realizados os primeiros ensaios e a
primeira aterragem. Foi um
Skymaster da TAP, matrícula CSTSC,
que era pilotado pelos comandantes
Amado da Cunha e
Marciano Veiga, e que trouxe para
o Porto Santo responsáveis da
companhia portuguesa e da
DGAC, entidade responsável pela
construção. Entre o meio dia e o
fim da tarde desse dia a aeronave
efectuou diversos testes à pista,
nomeadamente descolagens e
aterragens, tendo regressado a Lisboa
ao fim da tarde.
Aeroporto da Ilha de Porto Santo Arquipélago Madeira. O Aeroporto do Porto Santo. foi a primeira
estrutura do género construída
no arquipélago, onde já desde
o final da década de vinte do século passado, as forças vivas já reclamavam
a construção de uma
pista de aviação, dada a posição
geoestratégia do arquipélago,
num quadro das ligações aéreas intercontinentais
que começavam a
organizar-se na Europa e na América do Norte.
Chegar primeiro a esse mercado,
nem que fosse como um simples
porta-aviões no Atlântico, poderia
ser uma vantagem, já que a ilhas tinham
pouca riqueza. Nomeadamente
na Madeira, alguns empresários,
já olhavam para o turismo
como o negócio de futuro. As escalas
de transatlânticos no Porto do Funchal e os milhares de passageiros
em trânsito que reconheciam e
apontavam as potencialidades da
ilha como destino turístico, justificavam
as movimentações.
Contudo, Lisboa achou que os
madeirenses eram sonhadores e
essa reivindicação foi esquecida,
pois havia que lançar primeiro uma
rede aeroportuária no continente,
onde estava a sede do Império.
Quatro décadas depois, verificouse
a urgência do projecto e Lisboa
deu-nos a prenda que os deputados
de então agradeceram muito, sublinhado
a boa vontade do governo de
Oliveira Salazar para com os seus
irmãos madeirenses. Outros tempos.O Aeroporto do Porto Santo
foi a primeira porta que a Região
abriu ao mundo
Até à abertura do aeroporto, em
1961, o isolamento do arquipélago
era muito acentuado e a nova infraestrutura
foi fundamental para o
desenvolvimento que a partir de então
se verificou, nomeadamente do
ponto de vista turístico na ilha da
Madeira, onde os passageiros chegavam
depois de uma travessia marítimaentre entre as duas ilhas.
Hoje o Aeroporto do Porto Santo
já não é tão importante em termos
regionais, pois a abertura em 1964 e
constantes melhoramentos do Aeroporto
da Madeira retiraram o destaque
que Porto Santo ganhou na
década de 60 do século passado.
Contudo, o Aeroporto de Porto Santo continua a ser o apoio do Aeroporto da Madeira ,visto ser um dos melhores aeroportos do Mundo.
Esperemos que um dia os nossos Governantes olhem para este Aeroporto com olhos de ver o que até aqui tanto a ilha como o Aeroporto têm sido esquecidos,por ganância de uns e esquecimentos de outros.
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