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segunda-feira, 30 de março de 2015

O Caís de Porto Santo.

No Porto Santo O principal porto,a Sul  da hoje Cidade Baleira,é formado por uma extensa baía com bons fundos de areia e uma zona de cerca de 1.500 m entre as profundidades de 20 a 50 m.É desabrigado dos ventos rijos de Sul e de Leste. Antigamente as embarcações de alto bordo ancoravam longe da terra,no enfiamento da ponta do cais com a torre
da igreja matriz em fundos de 25 a 35 m.Quando o vento sul os impedia o serviço naquele porto,utilizava-se o desembarcadouro da Serra de Fora,ou no Porto dos Frades,a Leste;se o impedisse o tempo Leste,era forçado ir para o Porto das Morenas e fazer o desembarque na Calheta,na extremidade da praia.A norte dos Picos do Castelo e do Facho existia também um desembarcadouro,o do Pedregal,a que se recorria sempre que o tempo SUL impossibilitava o trafego marítimo na hoje Cidade Baleira.Hoje este Caís está com falta de obras e não é muito pouco,o porque de não restaurar. esta grande obra.

O Tempo

Tempo
Tempo — definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia. 
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga

domingo, 29 de março de 2015

O Pirrixil

há muitos anos atrás se usava na nossa Ilha o perrexil cozido para acompanhamento de peixe,era o único alimento de que se servia o povo em Quinta -Feira de Endoenças é o significado de Sexta-Feira de Paixão,fazendo jejum nesses dias em memória de Cristo.Por penitência ou não,se colhe ainda todos os anos ali,na Semana Santa,perrexil para uso doméstico,fresco ou de escabeche.Os moluscos denominados caramujos e lapas eram geralmente molhados do perrexil . Hoje continua como tradição na Ilha.mas com pouco uso.


As lapas de Porto Santo sempre tiveram um sabor diferente,muito mais saborosa ,é uma lapa média onde só basta colocar um pouco de manteiga e uns pingos de limão é o que basta pois ela de si têm o seu sabor.No meu tempo de criança poucos eram os que comiam lapas,só os Pescadores ,ou muitas vezes por passeio se ia com a Maré vazia e se apanhava era um Domingo bem passado a apanhar lapas e caramujo ,nunca foi apreciadora desse moluscos.



terça-feira, 24 de março de 2015

Datas Históricas

Datas Históricas,1955(31 de Maio--Visita do Presidente da República portuguesa,General Francisco Higino Craveiro Lopes,ao arquipélago,onde se demorou até 2 de Junho,percorrendo todos os Concelhos do Distrito.E no Porto Santo esteve apenas duas horas,e ali lançou a primeira pedra para um monumento ao Infante D.Henrique.
Foi o primeiro Chefe de Estado português a visitar a nossa Ilha,padrão das Descobertas.Acompanhou-o o Ministro do Ultramar,Sarmento Rodrigues,e veio esperá-lo ao Funchal o Ministro do Interior Dr.Trigo de Negreiros.O General Craveiro Lopes recebeu nas duas Ihas vivas entusiásticas homenagens de caráter oficial e particular.Mas só duas horas em Porto Santo,foi só desembarque e colocação da pedra.O que mais tarde foi construído no belo monumento,
formado por uma seção quadrangular e imponente onde, em cada um dos lados se encontram relevos alusivos aos descobrimentos da época do Infante D. Henrique.
Inaugurado a 28 de Agosto de 1960, o Monumento aos Descobrimentos, obra de António Aragão, fica situado na Alameda do Infante.O que por falta de saber sua História os habitantes o batizaram pelo pau de sabão,por falta de nem digo.

Monumento


quarta-feira, 18 de março de 2015

HIDRÁULICA DE PORTO SANTO



Vou mas é falar um pouquinho Da Hidráulica do Porto Santo e deixar passar essa da taxa,pelo que vejo por lá querem mesmo ir ao fundo.
HIDRÁULICA DO PORTO SANTO-----A irrigação desta Ilha,embora de sistema semelhante à da Madeira,apresentava no entanto características especias devido a uma escassez de água,à origem dos mananciais e à natureza do solo.A região baixa,
à beira-mar,era regada em geral com água de poços subterrâneos ou cisternas abertas dentro dos próprios terrenos que regavam,tendo 5 a 10 metros de profundidade e diâmetro varável entre 80 cm,a 5 m.

quarta-feira, 11 de março de 2015

posturas

As Posturas Municipais de 1791,confirmando a proibição dos tecidos anteriores,acrescentaram mais as cassas e toda a qualidade de rendas,só permitindo seda lisa,preta,para mantos e toda a qualidade de cabaias,vestuário de mangas largas.Em consequência de tais medidas passou-se a trabalhar o linho e a tecê-lo no Porto Santo,desde 1780 para a fabricação dos panos populares da Madeira. Em 1827,trajava-se ainda a indumentária de panos coloridos e corte do vestuário madeirense,como dá testemunho a estampa daquela data atrás referida.Sendo assim a nossa Ilha produzia alguma coisa,dizem não dar nada .

mais tarde

Mais tarde Impôs a Rainha D. Maria I,como de economia um vestuário fabricado de produtos insulares,e com o fim de combater o luxo demasiado e a prosápia invencível de fidalguia de que se ufanavam os habitantes em geral,prejudicando a vida e a economia do Porto Santo.Por isso o Município pôs em vigor estas Posturas,a partir de 1780,

Trajos de Porto Santo

Porto Santo-----O trajo popular da nossa Ilha ,segundo testemunhos contemporâneos e reproduções de estampas coloridas,foi semelhante nalgumas peças ao da Madeira.Uma diferença,porém,o distinguiu sempre do madeirense ao procurar confundir-se com o das classes superiores pela origem ou pela prosápia fidalga da maior parte dos seus habitantes.O predomínio da ascendência fidalga sobrepôs-se de tal modo ao costume do servo de gleba e ao do escravo,e repercutiu-se pelos séculos fora tão arraigadamente que,hoje,o mais pobre aldeão,embora lhe faltem botas,não deixa de vestir casaco,pôr gravata e chapéu como usa o fidalgo ou seu senhor;não arregaça mangas nem se descalça geralmente para trabalhar;usavam bigode que era distintivo de linhagem.Todavia passou por ali também a bota de cano seiscentista e o clássico chapéu braguês à alentejana,o que ainda hoje mais resiste a todas as modificações do trajo regional da nossa Ilha.
Passados anos,afrouxando o rigor legal ou desleixando-se do seu cumprimento as autoridades da Ilha,o povo abandonou o trajar colorido e retomou o antigo costume de vestir-se ao figurino de seus antepassados e presunções fidalgas.Atualmente a indumentária apresenta-se modificada segundo o talhe e colorido europeus.O homem,em dias de trabalho,com chapéu berbere de palha de palma entrançada,debruado de preto,veste casaco e calças de cotim amarelo-torrado ou só calças de pano e camisa branca de corte moderno.