Estes moinhos no tempo de sua atividade, moíam seus cereais para a própria terra e também para enviar para América onde era exportada em navios .que faziam ligação com a Madeira. |
Os moinhos da minha terra! Cansados de trabalhar ,hoje estão abandonados .
Sem ninguém querer cuidar . O vento girava as velas , era lindo as ver girar.
Com sua velas ao sol, todos eles a trabalhar. Foi ossos do seu oficio triturar milho em farinha , para a criança pobre, encher sua barriguinha. Sentir a presença deles na infância de uma criança era algo belo. Em minha memória hoje uma saudade , nos tempos de outrora era um aviso. Estes são os moinhos da zona da Portela que muito ajudou a fazer o pão para o sustento da ilha, hoje servem para recordar o tempo passado, hoje com o desgaste do tempo , a ilha tem um presidente de câmara que para os restaurar têm que os enviar para a outra ilha que é a Madeira porque o dito presidente acha que no Porto Santo não há quem os restaure, coisa de cabeça pouco inteligente , ou muito inteligente que prefere dar ganho fora da terra, vergonhas e má governação , em que a ilha anda há deriva , como os moinhos de um lado para outro.
Com o andar dos tempos mais moinhos foram restaurados alguns como os três moinhos da Portela onde têm uma vista maravilhosa sobre a ilha. |
Vou contar as vezes que estive perto deste moinho , que o senhor que está sentado há porta deste moinho , que tinha o alcunha do Caçarola ,não sei porque este nome, e por ter este nome não sei o seu verdadeiro nome ,tantas vezes que mandou para casa, pois ele tinha medo eu não me coloca-se em frente ás velas do moinho e ficasse ferida.
Este moinho ficava por cima da casa dos meus pais, era só subir o cabeço e eu já lá estava ,para mim era uma alegria o ver moer, ali passava horas a olhar as suas velas andar de roda ,este senhor todos os dias moía pois nesta zona das Pedras Pretas era só este o moinha que existia ,o burro muitas vezes andava solto ,outro quando era só uma saca para moer ficava amarrado perto para voltar para casa com a farinha moída, era o companheiro e quem carregava as sacas de farinha este senhor se colocava sempre nesta posição a ver o mar, e muitas vezes a ver os barcos chegar. Um dia minha mãe deu por minha falta, subiu e foi lá ter, me encontrou lá ,depois ele chamou a minha mãe esteve na conversa e aconselhou minha mãe a não me deixar ir, mas alguma vez eu obedecia há minha mãe ia sempre pois adorava ver o moinho moer. E moeu durante muitos anos até o senhor já não puder mais, mas tarde não se se foi vendido só sei que hoje é um café e lá se foi a graça do moinho. Mais tarde fizeram um miradouro há sua frente que ainda hoje continua e que é uma das zonas que se vê a linda baía da ilha de ponta a ponta da lha. Hoje me lembrei recordar o moinho da minha infância ,que mais tarde já com os meus 14 anos era onde namorava os dois sentados com as pernas viradas para a frente e al ficava um tempinho a conversar porque a minha mãe me chamava logo, eu e muitos outros jovens. Era giro se via as pessoas na praia, se via as vinhas que no verão era tudo verde, e no inverno tudo castanho, onde hoje 2023 estão todas abandonadas e secas, porque a juventude a seguir há minha esperou a morte dos pais e só quis fazer dinheiro, porque trabalhar para eles é mau para a saúde.
O Trigo que a terra dava, parecia campos de ouro ao Sol , com suas papoilas vermelhas , com sua beleza frágil salpicava os campos de trigo e cevada e eu adorava correr dentro dos campos por cima da casa da minha mãe , trigo que tinha a minha altura de criança.
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