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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

SÓ NÃO ADIVINHO O EURO MILHÕES

Hoje estive a ouvir a Assembleia do Governo Regional da Madeira sobre o programa da Saúde para 2018.Como eu já sabia o Centro de Saúde de Porto Santo irá continuar na mesma com os cuidados da IMI ,só com umas pequenas alterações.Com cuidados Paliativos para as pessoas com mais idade,até que enfim viram que as pessoas com mais idade não podem andar de um lado para outro,veremos se esse apoio acontece ,e veremos de o Centro de Saúde terá pessoal suficiente para dar o apoio.Irá ter consultas semanais de Oftalmologia e aqui também esperemos,que o Médico esteja no Centro de Saúde na data marcada e não faça o doente ficar há espera como muitas vezes acontece.Irá uma máquina de Nélio Mendonça para o Centro de Saúde de Gastro  já usada só podia esperemos que essa máquina funcione por muitos anos já que não vai nova.O que vejo muito mal é não desenvolver mais o Centro de Saúde visto o Aeroporto de Porto Santo vir a ser alternativa com o Aeroporto da " Madeira"pergunto? Será que o Centro de Saúde terá capacidade a algo que venha  acontecer a um turista.Visto que até aqui pouco têm feito para seus habitantes,aqui fica a pergunta.
Pois
Uma Máquina usada,
já dá para calar,
não vi nenhum habitante.
Estar aqui a reclamar.

Grande prenda de Natal,
que deram a Porto Santo,
deram uma máquina velha.
E dai se virou Santo.

Santo porque o habitante,
Nem sequer reclamou,
achou uma boa coisa.
E por ali ficou.

Quando somos pobres de espírito,
 a vida de cada um  diz mais,
Nem vemos o que é mau.
Por estar cego demais.
 felizarda drumond faustino.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Presépio da Ilha de Porto Santo


Presépio da Ilha de Porto SantoPorto Santo têm sua Cultura,mas pouco divulgada e nada aproveitada.Onde a própria Câmara pouco ajuda a não deixar esquecer.Amanhã quem ficara para continuar? Uma Cultura como tantas outras que aos poucos se acaba,e nada se faz.

Porto Santo no seu Inverno com 20 graus.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Casa das Águas do Porto Santo degrada-se sem destino certo


O edifício da antiga Casa das Águas, no centro do Porto Santo, está à beira de completar cem anos, mas continua devoluto e sem solução para breve. O emblemático espaço, único na arquitetura industrial da ilha, está fechado há vários anos, desde que a empresa proprietária “Águas do Porto Santo, Lda.” encerrou portas, deixando para trás décadas de história e de atividade fabril ligadas à água mineral, produto que ganhou reconhecimento terapêutico e prémios internacionais.

Propriedade de famílias conhecidas da Região, o espaço datado dos anos 20 do século passado, começa a revelar sinais de degradação e de abandono. Janelas partidas e lixo amontoado emprestam uma imagem triste a um dos locais mais prósperos na vida social e económica da ilha, no passado.

A população não se conforma com a situação de esquecimento e abandono a que o arrojado prédio da zona da Fontinha está votado, defendendo uma intervenção rápida com vista à requalificação do espaço, de forma a se preservar a memória e património locais.

Em 2009, chegou a ser aprovado pela autarquia um estudo prévio de revitalização da área onde se encontra o edifício, tendo em vista a construção de uma unidade de turismo termal. Na altura, o então projeto “Termas da Fontinha”, orçado em 20 milhões de euros, avançava com a ideia de construção de um spa, 64 moradias tipo T2 e mais 50 mil metros quadrados de zonas verdes de passeio, lazer e de agricultura biológica.

Entretanto, os anos passaram, a autarquia mudou de gestão e o arrojado projeto de rentabilização das potencialidades turísticas aliadas aos recursos naturais da ilha ficou apenas no plano do papel.

O FN tentou saber qual o ponto da situação, mas até ao momento não recebeu qualquer informação da parte da autarquia de Porto Santo, em matéria de classificação patrimonial. Também Pedro Araújo, o arquiteto responsável pelo projeto das termas, foi parco na atualização da informação. Ligado por laços familiares à empresa e ao edifício quase centenário, o arquiteto apenas adiantou que o projeto definitivo está em fase de conclusão, processo que tem sido atrasado pelo facto de “a família ser muito grande o que dificulta a procura de entendimentos”.

A Casa das Águas está em vias de classificação como “Imóvel de interesse municipal”. Aponta-se para 1922 o ano da sua construção. Não há muitas referências bibliográficas quanto aos pormenores da construção. No “Inventário do património imóvel do Porto Santo”, edição da autarquia local, alude-se ao aspeto “simétrico de dois pisos construído em pedra aparente com a face saliente e irregular, tão em voga naquela altura”, salientando-se ainda no corpo central “os três arcos de volta perfeita engradados sobrepujados por marquise de tapa-sóis entre duas pequenas torres com janelas de verga curva”.

A Fábrica das Águas, como também era conhecida, encerrou portas há anos, após um conturbado e longo processo judicial que opôs a empresa ao Governo Regional. As autoridades de então ordenaram o encerramento da unidade por alegados problemas relacionados com a qualidade da água ali engarrafada, mas tal nunca foi confirmado, conforme atestariam as sucessivas análises efetuadas. No final, comprovou-se a qualidade superior do produto, mas a exposição negativa e o arrastar da contenda na barra dos tribunais ditou a machadada final naquela que havia sido uma das indústrias de maior sucesso na Ilha Dourada, lançando para o desemprego cerca de 20 funcionários, a maioria com muitos anos de casa.


Quem não se conforma com o desfecho é Jorge Malheiro Araújo, um dos proprietários diretos da empresa. Ainda hoje, o conhecido médico da nossa praça fala com mágoa sobre o processo que levou ao encerramento da fábrica criada pelo seu pai, António Egídio Henriques de Araújo, e pelo sócio Gabriel Tavares. Considera o triste processo resultado de uma perseguição com interesses comerciais e não hesita em responsabilizar o então vice presidente Miguel de Sousa pela destruição de um produto com provas dadas nos mercados regional e nacional, e até nos territórios ultramarinos, como Angola.

O seu sonho era assistir ao renascer da fábrica e reabilitar a credibilidade da “Água do Porto Santo”. Uma forma, diz, de ser feita justiça à memória do seu pai.

Em mais de 70 anos de exploração, a empresa Águas do Porto Santo conta com um currículo irrepreensível, não havendo registo de qualquer anomalia. Jorge Araújo garante que a empresa sempre pautou pela máxima responsabilidade no negócio, garantindo a qualidade e segurança da água, quer na captação quer no engarrafamento e comercialização. Sempre sob o controlo técnico de laboratórios e institutos conceituados do continente. Um sentimento de injustiça que guarda ao fim dos seus 82 anos de vida, misturado com as recordações felizes de infância e juventude em que a sua grande família – os pais e os 18 irmãos -, aquando de férias no Porto Santo, ficava alojada no piso superior do edifício. “A água era excelente. Lembro-me que era oferecida a quem fosse lá a casa”. A 7 de Janeiro de 1893 foi efetuada em Paris a primeira análise das águas da Fontinha, as quais, poucos anos depois, iriam dar origem à primeira e única fábrica de água mineral da ilha. Na altura, as análises revelaram serem essas águas bicarbonatadas, cloretadas e sulfatadas sódicas, aconselháveis no tratamento de doenças de pele e do aparelho digestivo.

“Bacteriologicamente pura”. Era este o slogan inscrito nos rótulos das garrafas da água do Porto Santo, um produto que chegou a ganhar prémios, apesar do seu sabor salobro. A “Água Mineral do Porto Santo” venceu em 1918 uma medalha de ouro, na exposição internacional de águas minerais realizadas no Rio de Janeiro.

A água mineral engarrafada e comercializada era captada na fonte das Lombas, atualmente encerrada e, nos primeiros tempos, era exportada para a Madeira nos barcos de carreira Maria Cristina, Arriaga e Portossantense.

A ilha do Porto Santo sempre se debateu com a escassez de água e a história conta como era difícil viver apenas com a garantia de poucas nascentes naturais. As mais conhecidas eram as da Fonte da Areia e das Lombas, locais procurados pela população local e visitantes para se abastecerem.

Há cerca de 20 anos, a central de dessalinização entra em funcionamento e passa a distribuir água tratada vinda do mar à rede pública. A maioria dos pontos de captação é então fechada por falta de garantias quanto à salubridade.

No entanto, há ainda nascentes naturais ativas, como é o caso dos sítios dos Morenos e da Ribeira Funda, onde alguns populares mais idosos continuam a abastecer por acreditarem na qualidade e segurança da água do Porto Santo.

Isto está guardado no meu blog , para alguns verem a maldade de duas ilhas, e como este senhor há muitos mais casos.