Falar da minha Terra Natal Por favor deixe seus comentários

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Paços do Concelho do Porto Santo

Porto Santo ---Tem por cabeça do seu único Concelho e capital da Ilha,a Vila Baleira, hoje Cidade toponímico  histórico do tempo da descoberta e citando pelos cronistas,mas decaído em desuso por força da expressão genérica«Vila do Porto Santo».Está voltada ao sul assente .numa planura,base,por assim dizer,do Pico do Castelo que a domina em fundo,aguçado em cone, orgulhoso e pimpão da sua eriçada coma de vegetação luxuriante que agita como troféu de vitória sobre uma paisagem de aridez secular.
Descem suas faldas rapidamente da cota de 438 para 275 m, espreguiçando-se daí para baixo com
lassidão até a beira-mar.Sobre terreno de levantamento e erosão deitou-se e adormeceu a Cidade Baleira que começa a despertar para o progresso duma redescoberta.É todavia a mais espaçosa e
arruada do arquipélago,aberta com largos horizontes aos quatro pontos cardiais, lavada a sol descoberto,varrida de brisa constante e fagueira,desafogada,limpa e alegre como nenhuma outra da Madeira.É debruada a ouro por uma extensa praia de areia,que o mar,num amplexo de mansidão e carinho,
estreita entre os ilhéus da Cal e do farol.
Ilhéu da cal
Farol do ilhéu de cima.
O primitivo termo  desta Vila «,era  limitado de Oeste,a subir o Ribeiro da Fontinha,correndo de Norte  pelas Lombas,Matas e Arrifes,galgando a Ribeira da Vila para abraçar os Salões e vir de novo ao Mar pelo Ribeiro de Santo António»Modernamente circunscreve-se um pouco fora destes limites,desenvolvendo-se porém mais em urbanização dentro do termo do seu antigo lugar,e sempre aconchegada à igreja matriz,no centro da  povoação;junto  desta,o Largo do Pelourinho() era o nome dado a este largo também lhe chama Passeio o povo,por fazer dele termo de espairecimento,estância de madureza e recreio,sob copadas palmeiras e em bancos públicos de espaldar,aos domingos e dias santos de todo o ano,e diariamente salão de visitas e serões durante o estio ,posto de observação de modas e pessoas estranhas,passagem dos modelos e figurinos locais,recanto de  tertúlias,convivência e cavaco com veraneantes e forasteiros.
Armada em base quadrilongo com  nobre  dum só salão,como as do tipo  ainda existente em Portugal,desde o século XVI,embora não apoiada em arcaria,mas afeiçoada em parte ao mesmo estilo.Dão-lhe  acesso exterior dois laços de escada,duplicados,à antiga  portuguesa,desfigurando no entanto o frontispício o acrescentamento duma dependência no lado esquerdo,adaptada a secretaria,enquanto o camartelo do bom senso e da mais elementar estética não repudiar aquela afronta destruindo a janela e sua quadra.
Orna-lhe o portal de arco romano o escudo português encimado pela coroa  real do monarca vigente ao tempo da edificação.Este símbolo monárquico sofreu o impulso da refrega revolucionária de 1910.Não o destruíam como aos demais da Madeira,mas voltaram-lhe a coroa ao contrário,de cuja posição a tirou o 1.º Tenente Joaquim Pinto Pinheiro,presidente da Câmara com a Revolução Nacional.O foral de Município obteve-o o Porto Santo poucos anos depois da Carta de Doação da Donataria de Bartolomeu Perestrelo,
Bartolomeu Perestrelo.
primeiro do nome,dada 1 de Novembro de 1446.Foi elevado a Provedoria Administrativa em 1834 e a Concelho em 1835.Por parecer do Marquês  de São Paio.
Marquês de São Paio.
Modificaram-se as armas,bandeira e selo do Município a 27 de Fevereiro de 1946,com estas peças e símbolos:
Armas ---De prata  com dragoeiro de verde, cor natural,firmando em um monte de areia de sua cor,tudo assente em contra-chefe ondando de três peças de verde e prata.Coroa mural de quatro torres de prata.
Bandeira ----- de verde,cordão e borlas de prata e de verde.Listel de prata com as palavras«Porto Santo« em caracteres de negro.Haste e lança douradas.Selo Redondo,tendo no centro as peças do escudo sem indicação dos esmaltes e à volta,entre círculos concêntricos palavras«Câmara Municipal do Porto Santo».Não reproduzimos as Armas dos outros concelhos do arquipélago por estarem a modificar-se em suas peças e simbolismos. Amigos mais tarde colocarei  o mais moderno de Porto Santo.



domingo, 25 de janeiro de 2015

obrigada

Obrigado por não deixar esquecer as musicas da nossa Terra,lhe desejo muita saúde.
Aqui tem este machinho 
Para seu pai ir tocando,
E cantará uma cantiga,
Escusa de ir chorando.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Capela de Nossa Senhora da graça

A Capela de Nossa Senhora da Graça,dada como instituída no século XV,foi transferida no primeiro quartel do século XIX para local mais seguro,próximo e a leste sendo primitiva ,por arruinada das cheias e erosões dum ribeiro.Principiou sua segunda edificação em 1813,sendo porém suspensa a sua obra depois de  já estar concluídas as paredes,por falta de concordância entre o povo de Porto Santo,entre o doador do terreno que exigia a posse da chave  e uso fruto da capela,resultado do não acordo os trabalhadores interromperam durante 130 anos a sua obra.
Durante estes anos arruinaram-se as paredes,pelo que teve de ser completamente reconstruída,desde 1949 até 1951, por sugestão do Bispo diocesano,diligências do Pároco Padre Silvano Ernesto de Sousa Jardim,com trabalho e dinheiro do povo ,e comparticipação do Estado e auxílios de generosos benfeitores,distinguindo-se entre todos Jorge Brum do Canto.
Jorge Brum do Canto que de 1953 a  1959 ,interrompeu a sua actividade  no cinema e partiu  de Lisboa  para Porto Santo,onde se fixou  e dedicou à administração  agrícola e á pesca,onde só nos anos 60 voltou ao cinema.
E auxílios do Visconde de Cacongo da Madeira.
Coloco novamente a mesma foto por não encontrar muito mais fotos desta linda Capela,tanto por dentro como por fora.O que é muita pena minha.voltando novamente á sua construção o seu átrio  deste templo é octogonal,afim da arquitetura copta,afetado com corpo e a ábside  o desenho duma custódia cujo pé  é o altar.Foi esta reconstrução delineada inteiramente pela traça do primeiro plano,redução ao que consta dum templo italiano,servindo de alicerces as próprias paredes primitivas.
As suas linhas são hieráticas,duma elegância invulgar,não lhe correspondendo porém o estilo do frontispício que exige futura correção.
Nossa Senhora da Graça.


Em dias de Arraial.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

antiga ermida

Como antiga ermida e actual capela,temos a de São Pedro,na falda do Pico de Ana Ferreira,cuja origem se  desconhece,apesar de não faltarem documentos da existência de vários Morgados na Ilha.É dotada interiormente dum arco romano muito bem trabalhado,em pedra de cantaria cinzenta ,não sendo menos de apreciar a cruz de dois braços que encima o frontespício pela sua singularidade no ar,arquipélago,alusiva naturalmente à invocação do seu Padroeiro como Pontífice romano.A sua imagem é referida em Provimentos de alguns Prelados como«prodigiosa»,mas certamente em graças,que em escultura não tem atributos de arte nem de beleza.
Beleza de seu altar com a figura do Senhor São Pedro.
com seu largo de sua igreja hoje muito mais moderno.


Sua Torre de Repetição.

É de boa arquitectura  a torre sineira  com pirâmide e relógio de repetição
adquirido pela Câmara Municipal e colocado em 1899.
Antiga  Câmara Municipal.
I
Se esta Torre conta-se!
muito tinha que contar,
tudo o que a Ilha passou.
E ainda tem que passar.
II
Desde os seus Governadores,
que não souberam Governar,
até o Marquês de Pombal.
E a seguir Salazar.
f.d.f.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Eis aqui onde foi o acto medieval

Es aqui onde foi Armado Cavaleiro o Capitão de Mar e Guerra,e Governador da Justiça,Martim Mendes de Vasconcelos,
nesta linda Capela-Mor da igreja de Nossa Senhora da Piedade.

Nossa Senhora da Piedade.




Capela da Morgada

Aponta-se a Capela da Morgada ,saliente  do templo para o lado sul,como único traço  da construção antiga  de arco e abóboda góticos,esculpidos  as nervuras em pedra de tufo ou cantaria  mole  da região,e assinalados estes elementos arquitetônica  por pedras estaladas dos incêndios postos,mas rebocadas de cimento amassado  com pó das pedras estaladas,grande o amor de seus habitantes que o pó das suas antigas pedras fora colocada novamente como em cimento.
Esta Capela da Morgada,esta situada dentro da Igreja Matriz de Porto Santo.


Honra-se a Igreja


Honra-se a igreja de Nossa  Senhora da Piedade de sido teatro,em 1640,dum acto medieval,a investidura dum Cavaleiro da  Ordem de Tiago na pessoa de Baltasar de Abreu Berenguer,com que o agraciou,por altos feitos patrióticos,Sua Majestade,o Rei,Armou-o Cavaleiro o Capitão de Mar e Guerra,Governador da Justiça,Martim Mendes de Vasconcelos, da mesma Ilha,na Capela-Mor,com todo o cerimonial do estilo.
Esta linda Igreja além de suas pilhagens ,e profanações de piratas continua sua beleza única.
com sua linda abobada de seu Altar more.
Com seu lindo Painel  de Azulejos.
Seu lindo painel de azulejo,com a imagem da sua Padroeira.


Altar More.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Vinhos de Porto Santo


Manuel Vasconcelos é um dos últimos agricultores da ilha

Agricultura e vinho do Porto Santo estão "com os dias contados"


A agricultura no Porto Santo poderá ter os dias contados, na opinião de Manuel Vasconcelos, de 75 anos, agricultor. “Somos apenas cinco ou seis ainda a trabalhar na agricultura. Acabando esta malta, isto também acaba. Os mais novos não estão interessados”.
O porto-santense explicou ao J M que um dos problemas mais graves do sector prende-se com a falta de água de rega. Os agricultores têm conseguido “se desenrascar” graças a um furo de água da propriedade de um local. “Ele dá-nos a água em troca de um quarto dos produtos, para ele pagar a luz, porque são duas bombas eléctricas a puxar água”.

Mesmo assim, a agricultura não tem compensado. “Estou para largar isto, porque já não posso. Paguei há dias a três homens para apanharem batata. Apanharam 15 sacas e paguei 150 euros. Estou a vendar abatata a um euro ao quilo. Ou seja, tenho de vender 150 quilos só para pagar os homens e tenho ainda que gastar dinheiro com os produtos para a terra, para regar…”, desabafou.
Manuel Vasconcelos também produz vinho. Contudo, já não pode vender vinho do Porto Santo, devido às novas regras comunitárias. “Temos de tratar das vinhas, gastar dinheiro e depois não podemos produzir ou vender vinho”.

Nos serviços de inspecção, foi-lhe dito que para manter o vinho, teria de enviar o produto para São Vicente. “Vendemos o vinho a 4 euros ao litro. Para mandar para o Funchal, pagar transporte, pagar garrafas, selá-las e mandá-las para o Porto Santo de novo… A que preços vamos vender? Ninguém compra…”, sublinhou. “O vinho do Porto Santo vai acabar. Tenho em casa 400 litros de vinho e não posso vender”, desabafou, por fim.

sei que neste momento este blog não se encontra,ativo mas também sei que é verdade o que aqui se escreve.Pois faz agora um ano estive numa adega no Sitio da Camacha em Porto Santo,e foi para comprar o vinho e o senhor disse não poder vender mas me ofereço como recordação uma garrafa pois sou de porto santo e tinha saudade desse bom vinho de 17 graus e muito bom.
Mas depois no aeroporto foi proibido sair com essa garrafa.
mas agora procuro,como é preciso fazer agora tanta coisa para esse vinho ser desenvolvido,e ser vendido se o vinho de porto santo em anos atrás servia para juntar aos vinhos da Madeira.será de certeza que o vinho Madeira é mesmo mais puro que o de Porto Santo que é mesmo da própria vinha.Tudo têm feito para não deixar Porto Santo desenvolver.que Porto Santo desenvolva pouco acredito,mas deixem o pouco dar lucro ao se trabalhador.Em tudo lhes cortam as pernas,seja muito ou pouco.Dizem que a Ilha pouca água têm para agricultura,como pode ter para um Campo de golfe,hora isso era outra História.
                                                                    ***
Tenho esse privilegio!
dela poder falar,
sou filha dessa Ilha.
E assim poder contar.
         `**
Se nela habita-se
não podia escrever,
talvez como o agricultor.
Que o vinho,não pode vender.

felizarda.d.f

domingo, 4 de janeiro de 2015

Arquitetura em Porto Santo

Em duas épocas sofreram os nossos templos as suas principais transformações:no século XVIII,a mais radical e atrabiliária  que descaracterizou a maioria deles,e no século XIX sob o governo Distrital do conselheiro José Silvestre Ribeiro,a mais criteriosa e estética.A obra de reparação,realizada por este benemérito Governador em igrejas e outros monumentos,desde 1847 a 1851,Salvando-os de eminente ruína e dum estado de desasseio deplorável,estendeu-se a quase todo o Distrito da Madeira incluindo Porto Santo
Porto Santo(primitiva matriz da Ilha,criada em 1430),senão como paróquia já existente em 1500,ao menos como ermida com serviço paroquial e das primeiras do arquipélago,pois esta Ilha formava uma Capitania aparte  das da Madeira e não deixaria de ter serviço eclesiástico privativo como as Capitanias de Zarco e Tristão,desde o início do seu povoamento.Durante mais de dois séculos,desde 1566 até 1708 foi esta igreja presa de pilhagens e profanações de piratas argelinos cinco vezes pelo menos,destruída  de incêndios.Era  sua  Padroeira Nossa  Senhora  da Conceição,sendo substituída por Nossa Senhora da Piedade após os bárbaros flagelos perpetrados pelos invasores.Aponta-se a Capela da Morgada,saliente do templo para o lado sul,como único traço da construção antiga,de arco e abóboda góticos,esculpidas as nervuras em pedra de tufo ou cantaria mole da região,e assinaladas estes elementos arquitectónicos por pedras estaladas dos incêndios postos, mas rebocadas de cimento amassado com pó da mesma cantaria.Uma reconstrução total sofreu este templo em 1667.É de boa arquitectura a e sua torre sineira com pirâmide  e relógio de repetição adquirido pela Câmara  Municipal e colocado em 1899.
Aqui está um dos primeiros monumentos do Arquipélago da Madeira,onde podeis falar dele a seus visitantes.
Nossa Senhora da Conceição primeira Padroeira  da Igreja  Matriz  de Porto  Santo.
Mais substituída por Nossa Senhora da Piedade.
 Nossa Senhora da Piedade.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Maré vivas na praia de Porto Santo

No Porto Santo,as correntes marítimas  atingem maiores velocidades nas marés vivas,correndo dos quadrantes S durante a enchente,e do quadrante NE durante a vazante.Fazem-se sentir principalmente na Ponta S do Ilhéu  de Cima onde as águas correm para NE, em marés vivas,com a velocidade de 1 milha durante a enchente,e com a de 1,5 durante a vazante.Na Ponta  do Ilhéu de Baixo,durante a enchente,correm para W ou E a velocidade de 1 a 1,5 milhas,e para S W com a velocidade de 1 milha em marés vivas,durante a vazante.Estas marés produzem,por vezes,inesperadamente,fortes e traiçoeiras fluxos e refluxos nesta Ilha.Durante a enchente,principalmente no mês  de Agosto,inundam momentaneamente a praia  na sua maior largura e alargam-na quase no dobro durante  a vazante.fazendo uma linda praia onde seus banhistas podem estar a vontade.Espreguiça-se então o mar lentamente numa superfície de uma espuma encantadora,deixando por fim a descoberto à boca  da maré uma espaçosa avenida de extensão de cerca  de oito quilômetros,de piso duro,uniforme e suave,acessível a seus grandes passeios,de mota,bicicleta e até carros,por o piso ser muito duro.O que não acontece por a praia ter suas regras.A minha linda praia onde eu era livre,de nadar,correr,e amar o mar.
É linda a praia da minha terra Natal.


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Datas Históricas.



D. Duarte
1433(26 de Setembro)-----O Rei D. Duarte de Portugal faz doação do arquipélago ao Infante D. Henrique quanto ao temporal,e à Ordem de Cristo «para todo o sempre o espiritual das novas Ilhas da Madeira ,Porto Santo e da Ilha Deserta»
Infante D. Henrique.

1446(1 de Novembro)-----Doação da Capitania do Porto Santo a Bartolomeu Perestrelo.
1556(2 de Outubro) -----Os huguenotes,em número de cerca de 1.200 homens,dão saque à Ilha de Porto Santo,e a três do mesmo mês desembarcam na Praia Formosa e saqueiam o Funchal,por espaço de dezasseis dias,capitaneados por Bertrand de Montlue,gentil-homem da casa do rei Carlos IX de França.


Rei D. Carlos de França
( 5 de Fevereiro) ----Uma esquadra turca,composta de 12 navios,que cercava o Porto Santo com o fito de o saquear,bate em retirada ao ouvir o estrondo dos canhões e mosquetes saudando a aclamação de D.João IV, por suporem os turcos tratar-se dum ataque aos seus navios.Onde anda todo o património de Porto Santo.Será que seus Habitantes não têm curiosidade  em sabe ,pois pertence á nossa Terra Natal.E nem tudo foi os piratas que levou.
A esquadra de 12 navios turcos.
1832(3 de Abril )---Chega ao Porto Santo com tropas constitucionais a escuna «Terceira »que fazia parte da divisão naval comandada pelo Vice-Almirante Sertório Saturíus incumbido de se assenhorear daquela Ilha e da Madeira,sendo logo mandada arrear a bandeira realista do forte de São José,para evitar complicações.No dia 4 desembarcaram as tropas constitucionais e ocupam a Ilha até 25 de Maio em cuja data seguiram para os Açores com 104 madeirenses,para ajudarem a combater o governo de D.Miguel I.
D.Miguel I

Punição verso.

mesmo assim,assumo culpa!
de tudo que acontece,
será que tenho culpa.
De tudo que aparece.

Não tenho medo,de ser julgada
porque foi feita assim,
sou sempre condenada.
A culpa é sempre em mim.

Nunca vou com intenção,
de magoar ninguém
tudo que digo,têm punição.
Será que terei perdão.

Só peço o meu perdão,
de tudo o que acontece,
se o erro que cometi.
Têm punição,ou esquece.


domingo, 16 de novembro de 2014

boca fechada

Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
José Saramago

sábado, 15 de novembro de 2014

Dois

Dois terços do Mundo  era Português onde a minha Ilha Porto Santo arquipélago Madeira foi a primeira a ser descoberta,onde anda hoje esses dois terços .Quase digo quase porque devemos estar pior e eu não vejo, vivemos de esmolas e de glutões e dizem o passado já foi.Que lhes dará o presente?

domingo, 9 de novembro de 2014

grão

De grão ,a grão te conheço
como a palma da minha mão,
quando me lembro estremeço.
Por não te pisar o chão.
**
Por não te pisar o chão
pois estou longe,e ausente
ausente por obrigação
mas estás no coração.
Como se estivesses presente.
***
Como se estivesse presente
ninguém diga algo de ti,
que abrirei minhas garras.
E responderei por ti.
felizarda.d.f.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Minha Terra

Minha Terra com chaves abri,
lugares vivos e boa gente
para o Campo,comi e bebi,
para o sul,vendo e olhando
bebi vinho e iguarias.
Paisagem linda e praia vi,
nesse Porto Santo que me perdi.
felizarda.d.f

A noite vêm poisando devagarinho!
sobre a terra,com muito carinho,
se sente a noite adormecer.
Onde a lua ilumina esse ser.

Uvas
Quando havia a vindima!
e nós pequenos a ver,
e ficávamos desejosos.
De um cachinho comer.

De um cachinho comer ,
de um cachinho provar
só quem tinha era senhor.
E não gostava de dar.

E não gostava de dar,
nem um bago para provar,
e nós nada dizíamos,
só ficávamos a olhar.

Só ficávamos a olhar,
mas nos ficou na ideia,
um pequeno cacho de uva.
Que vinha de uma parreira.felizarda.d.f.


Quando começo a escrever!
é me difícil parar,
com tanta recordação.
De um terminado lugar.
            II
Quando andava na Escola,
não gostava de escrever,
agora com esta idade.
Escrevo até me perder.
           III
Escrevo direto e torto,
sem sinal de pontuação,
vou escrevendo o que sinto.
Dentro do meu Coração.
             IV
E quem não gostou de ler,
tem bom remédio afinal,
é só passar os olhos.
E dizer isto ,está mal.
felizarda drumond faustino 21/ 06/2016