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sábado, 16 de abril de 2016

A MINHA PRIMEIRA BONECA.E O MEU COLAR DOCE.

Rebuçados em colares natural da Madeira felizarda.
Os colares de rebuçados que eu  via nos Arraiais em Porto Santo,e nós crianças como eu, era uma alegria ter um colar daqueles.Foi poucas as vezes que os meus Pais me compraram um colar de rebuçados ,pois o dinheiro era pouco,e já era 4 filhos nessa altura.Tristeza era  ir e vir do Arraial e não  trazer um colar desses .Era como ir a Roma e não ver o Papa .Esses colares eram tradicionais da ,Ilha da Madeira e quando havia Arraial em Porto Santo os vendedores se deslocavam a  todos os arraiais da ilha . Eu já depois de ser uma mulher já  casada e mãe de dois filhos me dei ao luxo de os comprar em todas as cores, para matar a saudade de criança e me senti feliz com esses colares em minhas
mãos.Além desses colares havia uns rebuçados grandes todos eles embrulhados em papel de várias cores.

A minha primeira boneca  foi comprada num Arraial de Nossa Senhora da Graça.Era umas bonecas feitas de massa de pão,de cor amarelo claro ,com um laço na cabeça vermelho .Tinha eu os meus 7 anos de idade,fiz uma choradeira  no arraial por uma boneca dessas.A minha Mãe me fez a vontade e comprou,mas de tanto andar nas minhas mãos ficou mole do calor e lá se foi a boneca.Quem vendia essas bonecas era uns vendedores vinham da ilha  Madeira os mesmo que vendiam os rebuçados de todas as cores eram essas  pequenas coisas que dava uma alegria enorme a nós os mais pequenos.Mas um dia  fiquei triste num Arraial  por ficar sem a boneca,e levei com uma varinha de cedro por a minha mãe ficar sem o dinheiro e eu ser teimosa.Se a minha mãe tivesse explicado talvez eu tivesse percebido o motivo de não querer comprar,ou talvez não como criança talvez não aceitava o conselho e só queria a boneca.Mas havia outro género de doce que também se gostava muito nos Arraial era uns bolos chatos num desenho de um ovo,com um sabor do bolo de mel da cor do bolo de mel.Isso a minha mãe comprava um a cada um.Tinha um nome de sessões era saboroso porque levava mel de cana,doce e com sabor a erva doce.Vou colocar aqui a foto de umas broas que encontrei mas era mais chatos e mais escuros.
Estas são broas de passas.



sexta-feira, 17 de julho de 2015

" A BELEZA É UMA ARTE "

Estes Bordados que ainda são feitos por mãos de fadas ainda na Ilha de Porto Santo,devia de ser preservado,para não ser esquecido e não desaparecer como muita coisa que têm desaparecido,pois a Câmara devia de olhar por isso.
Para depois não dizerem que Ilha têm um segredo bem guardado.O segredo é que nada sabem da Ilha.
Bordadas feitos na Ilha de Porto Santo,pela minha amiga Ana Sousa.
As mulheres, ANTIGAMENTE, bordavam para se distrair e passar o tempo. HOJE, bordam para tentar diminuir o ritmo desse mesmo tempo.

 Com LINHA e AGULHA, muda-se toda uma vida.            
 Cada PONTO, executado por mãos cuidadosas e precisas, cria um quadro
maravilhoso, vibrante ou calmo, cheio de satisfação, alegria e poesia,
                                          "CHEIO de VIDA".
 Criar lindas imagens, seja bordando ou pintando, requer uma verdadeira dose de
  INSPIRAÇÃO e TALENTO, proveniente da ALMA.     
 Cada criação guardará esse momento ETERNO.
                            

terça-feira, 21 de abril de 2015

Estou a cair.

“Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício.” Anos e anos a trabalhar,sempre mal estimado.
―Mahatma Gandhi

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A tal conversa de dom

Aos fidalgos da «sétima idade»se referiu também Garcia de Resende,em 1545,nesta estância da Miscelânia:
Garcia de Resende.
«Os reis por acrescentar
as pessoas em valia,
por lhes serviços pagar,
vimos a uns o dom dar,
e a outros fidalguia:
já fé os reis não hão mister,
pois toma dom quem o quer
e armas nobres também
toma quem armas não tem,
e ,dá o dom à mulher».
Justifica-se este epigrama pelo abusivo uso de prenome Dom que,por privilégio real,fora criado e só conferido à nobreza de Portugal para pagar ou galardoar serviços grandes à Pátria.Também  o concedera alguns Reis a gerações sem estripe e sem altos serviços,como a indivíduos  de  cotada categoria social,eclesiástica e militar e de cargos de responsabilidade pública  beneficiadores da nação,mas limitados aos homens e sempre negados a mulheres,até mesmo descendentes de sangue real,como se vê no tratamento,denunciado por instrumentos públicos,dado a sua filha por EL-Rei D. Dinis.
D. Dinis
As Ordenações e Leis do Reino de Portugal,datadas de 1603,defendiam que «nenhum homem nem mulher se possa chamar nem chame de Dom,se lhe não pertencer de direito...ou por nossa mercê,ou que nos livros de nossas moradias  com o dito Dom andarem.E as mulheres (só) o poderão tomar de seu pai,mãe ou sogras que o dito Dom  direitamente tiverem».Mas as mulheres do Porto Santo se deixaram contagiar da vaidade deste renome,aliás,«concedido---segundo consta----oficialmente às mulheres dos negociantes da praça de Lisboa» por EL-Rei D. José,e envaidecer-se,por prosápia de fidalgas,presumindo de descendentes dos primeiros povoadores que,na realidade,eram geralmente nobres ou fidalgos,muito embora o privilégio de Dom não fosse de direito natural nem social para toda a Nobreza e Fidalguia.Abriu-se todavia um precedente excepcional na história da Ilha para se chamarem de Dom as mulheres,fora das  Ordenações do Reino.Requereu esse privilégio particular o Donatário Bartolomeu Perestrelo,pedindo-o a EL-Rei D.João III e este concedeu,por Alvará de 6 de Novembro de 1522,que a mulher e noras deste fidalgo de sua casa,se pudessem chamar de Dom,por alegar que do mesmo título já usava toda a sua linhagem,na Lombardia.Devem dizer o porque de escrever isto.Porque ainda hoje no século XX no Porto Santo  muitas senhoras não sei de onde vêm o Dom  lhe chamam Dona,deve de ser Dona do que é seu.