Falar da minha Terra Natal Por favor deixe seus comentários

´MOVIMENTO DA POPULAÇÃO.


À MUITOS ANOS OS PORTUGUESES  MADEIRENSES FORAM IMIGRANTES DE ANGOLA .
O  Navegador veneziano Luigi de Cadamosto  ,ao serviço do Infante D. Henrique ,aportou pela primeira vez a Machico a 28 de Março de 1445 E, vindo do Porto Santo ,e escreveu em suas memórias que aquele Príncipe «fez  povoar (a ilha da Madeira) por portugueses ,há vinte e quatro anos ,isto na altura em que estava a escrever sua viagem!! E que era habitada em quatro partes principais«: Machico ,Santa Cruz, Funchal ,e Câmara de Lobos, além de outros pequenos núcleos populacionais ,e existiam nessa data «e existiam nessa altura «pelo menos 800  homens ,entre os quais só cem com cavalo» E Dizia já haver «muitos homens ricos à proporção da terra «porque esta era um jardim e tudo que nela se colhia era ouro »Hoje é muito mais alcatrão e túneis .Na Bula Pro excelente ...que expedia o Papa Leão X ,em 12 de Julho de 1514 ,criando a diocese do Funchal ,cita o Papa à população da cidade ,cuja densidade «entre naturais e forasteiros ,cavaleiros ,homens de  ciência e de letras doutores em teologia ,direito e medicina, fidalgos e negociantes, se elevava ao número de 5.000 habitantes...»
O Desenvolvimento da população  deste arquipélago ,de que só pudera fazer só a partir de meados do século XVI ,manteve-se com uma proporção  mais ou menos uniforme até 1825,excluídas as oscilações forçadas por efeitos de epidemias e por outras causas .A partir daquela data ,a população começou a aumentar de forma desigual .Em 1858 o censo acusava na Madeira  e Porto Santo  98.000 habitantes que se elevaram a mais do dobro no espaço de 72 anos, até 1930 ,como se verifica por gráfico:
A percentagem do aumento observado foi de 28% de 1825 a 1878 : 62% de 1878 a 1930 .De 1930  a 1950 o aumento elevou-se a 40% Nos Concelhos mais populosos o movimento demográfico deu-se nesta proporção.
Mapa demográfico manuscrito em 1 de Janeiro de 1817,por mandado de El-Rei e encontrado em 1939 no espólio do seu autor ,um Capitão  de Milícias ,natural de Câmara de Lobos e que esteve destacado em Porto Santo.
Porto Santo.
Câmara de Lobos.
Depois de Machico ,o concelho mais populoso da Madeira era o da Ribeira Brava ,relativamente à sua área .Os concelhos de Câmara de Lobos e Ponta do Sol decresceram nessa altura por terem cedido um em 1914 terreno e almas para criação daquele concelho .Mas hoje em dia penso eu Câmara de Lobos continua a ser a freguesia de maior densidade demográfica da Madeira .A densidade demográfica da Madeira segundo se escreve, pela Missão Hidro gráfica desse tempo ,em 1937-e 38 ,seria de 184 habitantes por quilômetro quadrado em 1890; e 206 em 1910;233 em 1920; e 290 em 1930 e assim a população foi aumentando. A densidade da Ilha de Porto Santo em 1940,era de 50 habitantes, .É notar que a nossa ilha sofreu um aumento de 968 habitantes em 10 anos ,desde 1816 a 1936,pois 1816 havia 1,522 habitantes ,sendo 762 homens e 760 mulheres de o mapa demográfico que já coloquei anteriormente.
A mulher porto-santense era e é dizem !! um procriadora fecunda ,mas privada de suficiente lactação ,penso que agora já não, os tempos são outros .Pelo que a maioria dos seus filhos morriam infantes. Os Anais do Município atribuíam a origem deste facto as duas causas principais :a esterilidade do solo que não não se produzia vegetais ,como ainda hoje muito pouco ,só de compra .e a ignorância e necessidade de mães alimentarem as crianças ,poucos dias do seu nascimento ,com papas de cevada ,que era o que havia nesse tempo ,e outros a sopas de café .Por isso a mortalidade na ilha naquele tempo era de 55% como se verifica neste mapa.
A partir de 47 ,porém esta percentagem de mortalidade infantil passou a decrescer de ano para ano, devido à profilaxia desenvolvida pela Câmara Municipal ,á propaganda e atuação de o grande que foi J. Diamantino  Lima, Médico que pouco ou nada falam na ilha, mas já nada é de admirar ,só lá dão valor a quem pouco ou nada faz .Ao fornecimento gratuito de farinhas lácteas pela Comissão Distrital de Assistência do Funchal e pela criação do Centro Sanitário e Hospitalar na Ilha que ainda hoje existe e pelas notícias que leio ,estamos no século vinte e um e não está a trabalhar tão bem como em 1940.E o que mais graça têm é que o médico que veio a seguir ficou com os louros do Médico DR. Lima que salvou tantos habitantes .E porquê por não saberem a real historia da sua ilha. Em 1940 ,a população da Madeira ascendia a 241.784 habitantes com a densidade de 305,7 por km quadrado ;e Porto Santo era 2,701 e a densidade de 63,6 .Segundo o censo daquele ano, organizado pelo Instituto Nacional de Estatística ,reputado o mais completo e perfeito de quantos se haviam feito em Portugal ,e publicado em 1941 o distrito do Funchal acusava o maior índice de aumento populacional ,atingido a percentagem de 17,72 .Neste índice entrava o mesmo distrito com maior parte do excesso de mulheres verificado pelo referido censo em todo o País ,11.404 indivíduos deste sexo ,correspondente a 9,591% do número de indivíduos do sexo masculino. De 40 a 50 quase duplicou a média anual de nascimentos sobre a de óbitos ,acusando o acréscimo de 2.800 vidas .E não obstante a saída de 31% de saldo daquele período de tempo em 10 anos ,em número de 8,700 emigrantes ,a população aumentou de 241.798 em 1940 para 266.300 em 1950.Onde ainda tive um irmão doente restabeleceu muito mais tarde dessa doença que ainda foi pelas mãos do Senhor Dr .Lima. Em 1952 ,a população da ilha da Madeira ,relativamente à superfície de 728 km por quadrado, dos quais 474 que eram ocupados por florestas ,matas e baldios ,e 244 por culturas agrícolas ,apresentava  estas densidades:366 habitantes por  km quadrado na área geral ,«variando esta desde 500 no Porto do Moniz,600 na Calheta e concelhos da Costa  NORTE ,1.220 na Ribeira Brava ,1340 em Machico ,1.640 em Câmara de Lobos ,1.416 na área agrícola até 3.090 no Funchal» .Segundo o senso oficial de 1940,o de 1953 ( até o mês de Agosto ) e registo paroquial de 1956,a população presente e distribuída por Concelhos acusava este movimento.
Pelos índices de 1940 a 1953 concluiu a autorizada revista «Brotéria »,órgão da província jesuíta em Portugal ,que a Ilha da Madeira era «uma das regiões mais povoadas no mundo» ,assim como era a terceira cidade do país em população  estipulada nos registos das paroquias, «A idade em que tem o maior número de casamentos era dos 20 aos 30 ,isto tanto na cidade como nos campos .A frequência e fecundidade dos casamentos não difere de modo especial nas diferentes localidades da Ilha, sendo a fecundidade média de 4 a 5 filhos .O sexo feminino era em geral prolífero aos 13 ,e o masculino  aos 14 anos.
EMIGRAÇÃO
Segundo os dados estatísticos ,a população da Madeira duplicou durante o espaço de cem anos ,atingindo aumento máximo no Ano de 1920,a 1930.Este acréscimo extraordinário teve como principal o fator a restrição migratória a partir de 1921 em diante. Até essa data a Madeira gozava de um certo equilíbrio no desenvolvimento da sua população ,porque a válvula da emigração estava sempre aberta e dirigida para várias regiões do mundo. Nessa altura não faltava na Ilha trabalho e terra para ocupar os seus habitantes ,mas o espírito de aventura da alma portuguesa e a decadência do comércio do açúcar em 1676 levaram os madeirenses ao sonho de percorrem mundo à procura do ouro. Começou daí  a emigração para o Brasil pelo motivo da sua colonização ,a principio por iniciativa particular dos madeirenses ,como em 1531 ,que foi por motivo de introdução e cultura da cana doce que foi levada da Madeira para a Capitania de São Vicente ,e pela fabricação de açúcar por técnicos especializados madeirenses.«no manejo do levantar a fervura de Garapa e apuramento  do ponto»na cozedura de mel,trabalhos confiados a agricultores e operários madeirenses; uma bebida hoje brasileira feita de mistura de mel ou açúcar
Em 1748 ,por provisão de El-Rei D. João  V  
Para povoar, colonizar e guarnecer militarmente a Ilha de Santa Catarina ,junto da costa do Rio Grande do Sul, como baluarte contra os piratas europeus ,nomeadamente holandeses e ingleses ,à custa da Real Fazenda ,sendo o recrutamento voluntário e por «companhias formadas de 40 ou 50 homens cada uma.....três pessoas em cada posto de Capitão ,Alferes e Sargento »Recrutou a primeira leva para a ilha de Santa Catarina o Bispo D .Frei João do Nascimento ,Capitão -General do Governo da ilha da Madeira ,que solicitou das Câmaras do Funchal e Vilas de Santa Cruz ,Machico ,Calheta ,Ponta do Sol e de São Vicente o cumprimento da Provisão Real de 1746 ,dirigida ao Prelado diocesano a 20 de Março de 1748 , só conseguindo a inscrição de 61 pessoas ,52 do Funchal  e 9 da Ponta do Sol ,das demais povoações se recusaram uns, outros excederem na idade as condições propostas .Só embarcaram estes madeirenses em 1748 ,nas corvetas de Nossa Senhora das Maravilhas ,na de Santo António  e Alívios ..Mas antes desta emigração em massa ,já em 1544 haviam entrado isoladamente naquele território mais madeirenses não só da classe popular como da melhor linhagem da Ilha da Madeira ,entre os quais Antão de Leme, segundo o documenta a História ,e seu filho Pedro de Leme respetivamente filho e neto do célebre navegador António de Leme, descendentes duma família opulenta e fidalga oriunda da Flandres ,que se fizeram acompanhar de familiares. E pelos séculos fora sempre demandou o Brasil gente de nobreza insular por desocupada ou empobrecida ,por culpas pessoais ou perseguições políticas .Em consequência das lutas civis de 1832 a 1834 ,entre D. Pedro  e D. Miguel ,pelo trono português, emigrou o fidalgo Pedro Nicolau de Ornelas ,obcecado e irrequieto miguelista ,depois de destituído de seus títulos e bens, abandonando o solar da Quinta do Pico do Cardo, em Santo António na Madeira .
Para ir desbravar matas e implantar os primeiros marcos de civilização no interior selvagem do Rio Grande do Sul. EL -Rei D José ,em 1751  fomentou também a corrente migratória ,recrutando ,só na Cidade do Funchal ,mil casais sem meios de subsistência .Mais tarde o embarque clandestino ,começou a partir de 1779,onde levou muitos ilhéus para países estrangeiros; e a proteção legal ,por privilégios e vantagens agrícolas ,assim como os engajamentos  à margem da lei, foram outros tantos fatores como cumprir a tropa tudo servia para a emigração Logo a seguir estendeu-se a saída a outros domínios portugueses e países  estrangeiros :Como os Estados Unidos da América do Norte ,em 1792;Guianas inglesas ,principalmente ,como plantação de cana de açúcar ,em 1840 ;Ilha de Sandwich ,em 1878 ; Cabo da Boa Esperança ,em 1872.

Rio Grande do Sul Brasil.

EMIGRAÇÃO

Colonos madeirenses que se fixaram no planalto de Huíla ,em Angola ,em 1884 e 1885 ,deste nomes e idades em 57.
Em primeiro plano, da esquerda para a direita Roberto Rodrigues Laranja na altura com 81 anos e era da Ribeira Brava, alguém ao ler esta página pode ver um familiar,; Depois Manuel da Assunção Pereira, com 88 anos e era do Santo da Serra---A Seguir Maria de Freitas Nogueira  de 81 anos do Ribeiro Frio ;-----Ludovina de Jesus Martins ,com 78 anos na altura natural de Machico.; Maria Caires ,de 88 anos de Santana; Virgínia Gouveia Jardim  com 76 anos da Ponta do Pargo ; Jacinto Rodrigues Figueira ,com 91 anos na altura do Funchal onde faleceu logo em 1957 , e Francisco de Sousa também já com 86 anos do Santo da Serra,
Em segundo plano ,da esquerda para a direita .
Lourenço Góis ,também com 81 anos; David Martins ,já com 90 anos na altura que era natural do Seixal ;Manuel de Freitas Henriques ,com 87 anos e natural do Santo da Serra ;António Marcelino de Sousa ,com 77 ,anos e natural do Funchal.
 Todos estes  colonos , acompanhados  de Carolina de Jesus  Fernandes  Simões ,  i Porfírio  Pontes ,  primeiros filhos de colonos  nascidos em Huila , estiveram  de visita à  Madeira  em Março  de 1951  , por iniciativa  do Clube  Sport  Marítimo  do Funchal ,






Sem comentários:

Enviar um comentário