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sábado, 16 de abril de 2016

RECORDAR A FÁBRICA,ONDE NASCI,E DEPOIS TRABALHEI.

Recordando  essa  fábrica hoje demolida onde outrora foi sustento de muitas famílias.Essa fábrica era de uma companhia Ramiez Algarvia de Vila Real de Santo António  onde um dos donos era o senhor Raimundo,dai o meu  Pai como já trabalhava numa das Fábricas em Vila Real foi transferido para Porto Santo ele e outros para desenvolver a fábrica   assim foi  como o meu pai foi  residir para Porto Santo como  chefe de secção de cheio dessa fábrica ,casou mais tarde  com a minha Mãe Carolina  da Silva Drumond e por lá ficou.Junto  com o meu Pai,também foram outros  que pouco conheci como as senhoras que enlatavam o peixe em latas e trabalharam com meu pai e mais tarde    foram trabalhar para a fábrica de conservas da Madeira. dai Onde  depois veio o senhor Vital que veio  para    chefe  geral ,com sua mulher D. Elvira que era chefe das mulheres que trabalhavam na fábrica a enlatar o peixe.Esta era a fábrica que durante os 3 Meses de Verão dava trabalho a muitas Mulheres e homens, que além de fazer as suas 8 horas de trabalho ainda ,faziam trabalho de turno até ás  23 horas  para poder ganhar mais algum pois era mais trabalho do que dinheiro!.Mais tarde voltarei a recordar  algo mais sobre esta fábrica pois foi nela  o meu nascimento.Nasci  na Fábrica de conservas mas ,antes nasceram dois irmãos gémeos,antes de mim a seguir a mim nasceu meu irmão Augusto hoje já falecido.Residi nesta fábrica até os meus 4 anos.Como era  muito traquina pois quase toda a gente que lá trabalhava tinham que estar sempre de olho em mim,me recordo um dia ir a correr e havia um poço rente ao chão  que colocavam o peixe em salmoura e eu como criança traquina cai dentro e quem me tirou de lá foi  o senhor  José  Gomes do campo que chamavam o Caldeireiro o seu nome era o Senhor Gomes morava no Campo de Baixo era cunhado de meu tio José do Espírito Santo  e todos os dias ia e vinha de bicicleta sempre de chapéu pois trabalhava com as caldeiras eu por ter caído nesse posso que tinha salmoura apanhei uma grande infecção no corpo e andei mal como criança ,mas logo a seguir fiz outra aventura como era inquieta  O Senhor José Gomes  tinha por hábito ter uma garrafinha  com vinho do Porto Santo doce, eu via ele beber e um dia lá foi ao sitio da garrafa bebi o  vinho pois foi um susto para muita gente me verem andar  a cair sem saber o que era ,pois era a minha primeira bebedeira coisa de criança curiosa .Só quem descobriu  foi  o Senhor Gomes que ia beber a sua pinguinha e não tinha lá nenhum,!!dai a descoberta.E desde já um concelho manter bebidas fora do alcance das crianças.A vida foi correndo   !! E Como a nossa casa era num sótão por cima do refeitório onde os empregados da Fábrica almoçavam ,e com a gravidez do meu irmão Augusto ,o Senhor  Carlos Trópio que era gerente da Fábrica   arranjou  uma pequena casa  próximo do barracão do combustível onde era o melhor sitio  com espaço grande..E já nessa casa nasceu meu irmão Augusto , e os meus Pais  continuaram a trabalhar,e o meu irmão mais pequeno ficava em casa dentro do berço,que fazia de parque,e eu levava concelho da minha mãe ,toma conta do do teu irmão,se acontecer algo chama,mas eles vinham sempre ver como estávamos porque com 4 anos a responsabilidade era pouca ou nada ,  a casa onde morávamos era mesmo dentro da própria fábrica. e como era próximo  vinham dar uma olhadinha além de minha mãe ter uma tia que se chamava Jesuína e ficava uns tempos connosco e também a minha tia Gertudes que era solteira nessa altura e gostava de lá estar connosco ,era a irmã mais nova da minha mãe ,hoje viva com 86 anos me recordo de andar a passear com ela pela sua mão,   e até mesmo pessoas que lá trabalhavam olhavam por nós como ,a Senhora Augusta do Sitio do Tanque muito olhou por nós o Senhor António Izídro que era filho mais velho do senhor Vital  e gostava muito de mim,  mais tarde jovem vim a trabalhar com a Senhora Augusta uma das melhores trabalhadores da Fábrica !!Voltando atrás,antes do nascimento de meu irmão Augusto  o meu Pai quis que sua Família conhece-se a minha mãe,e eu como primeira neta.Viemos a Vila Real de Santo António onde os meus avós viviam com minha tia Felizarda ,foi onde vi o primeiro camaleão com três anos
Farol
mão do meu pai,numa pequena mata  que existia ao redor  do farol em Vila Real,que hoje já   muito diferente esta zona onde esta o Farol .Os Navios que nós fomos na ida O Carvalho Araújo e na vinda o Lima barcos esses já fora de circulação.Me recordo que o navio ficava muito fora do caís de Porto Santo e para fazer o embarque nele tinha que ser uma pequena lancha que leva do caís até o navio.Nesta viagem fiz mais uma aventura,uma passageira que também vinha connosco gostou de mim como criança e também,quando foi para sair do barco já em Porto Santo os meus pais não conseguiam me separar da Senhora,pois eu já queria seguir com ela.
 Carvalho Araújo
Lima
  Aqui deixo a foto que foi tirado no jardim dos meus avós.A minha primeira viagem,com os meus 3 anos e a primeira viagem da minha mãe.A minha Mãe volto mais uma vez cá  mais tarde mas nunca mais foi ao Algarve.Continuando sobre a casa  que nos tinham feito próximo do Barracão um dia  como havia muito trabalho fizeram serão como sempre para aproveitar a época do atum ,e quando era preciso iam buscar combustível e deixaram perto de uma torneira um petromax  e tudo começou  a arder e nós os dois em casa. Minha mãe veio tirou meu irmão do berço ,e eu foi com meu pai,como não deu tempo a tirar roupa ,a minha mãe foi buscar uma bata de trabalho das mulheres da fábrica e encostou  meu irmão contra sim foi difícil apagar o fogo que foi enorme mas lá conseguiram apagar.A vida da minha mãe foi difícil ,mas sempre ela e meu pai se cai-se no outro dia se levantava.
Foi um destes petromax que começou a destruir o pouquinho que os meus Pais começaram a construir para ter a sua vida melhor. Deram um jeito a essa casinha para meus Pais continuar a sua vida de trabalho , pois meu Pai além fazer mais que um trabalho , também cuidava da Fábrica como responsável noturno , por isso morávamos lá. tinha dois cães que o ajudavam a tomar conta e todas as noites meu Pai dava a volta há Fábrica com eles  seguir  o meu Pai de petromax na mão. depois dava comida aos cães e vinha se deitar. Outras vezes ainda ficava um pouco a fazer de carpintaria pois a cama de casal dos meus Pais e as duas mesas de cabeceira foi feitas por ele.Meu pai sempre foi um homem que deitava mão a tudo e sabia fazer um pouquinho de cada como a minha mãe a vida era assim mas saudável e sem dividas .


Os meus País e eu felizarda.no jardim dos meus avós.
Meu Avô August,minha Avó  Albina,uma amiga da minha tia e mais a fundo a minha tia Felizarda.Dai eu ter o mesmo nome.e o meu irmão o nome do meu avó.
O Meu irmão João  Augusto já falecido.



e

A MINHA PRIMEIRA BONECA.E O MEU COLAR DOCE.

Rebuçados em colares natural da Madeira felizarda.
Os colares de rebuçados que eu  via nos Arraiais em Porto Santo,e nós crianças como eu, era uma alegria ter um colar daqueles.Foi poucas as vezes que os meus Pais me compraram um colar de rebuçados ,pois o dinheiro era pouco,e já era 4 filhos nessa altura.Tristeza era  ir e vir do Arraial e não  trazer um colar desses .Era como ir a Roma e não ver o Papa .Esses colares eram tradicionais da ,Ilha da Madeira e quando havia Arraial em Porto Santo os vendedores se deslocavam a  todos os arraiais da ilha . Eu já depois de ser uma mulher já  casada e mãe de dois filhos me dei ao luxo de os comprar em todas as cores, para matar a saudade de criança e me senti feliz com esses colares em minhas
mãos.Além desses colares havia uns rebuçados grandes todos eles embrulhados em papel de várias cores.

A minha primeira boneca  foi comprada num Arraial de Nossa Senhora da Graça.Era umas bonecas feitas de massa de pão,de cor amarelo claro ,com um laço na cabeça vermelho .Tinha eu os meus 7 anos de idade,fiz uma choradeira  no arraial por uma boneca dessas.A minha Mãe me fez a vontade e comprou,mas de tanto andar nas minhas mãos ficou mole do calor e lá se foi a boneca.Quem vendia essas bonecas era uns vendedores vinham da ilha  Madeira os mesmo que vendiam os rebuçados de todas as cores eram essas  pequenas coisas que dava uma alegria enorme a nós os mais pequenos.Mas um dia  fiquei triste num Arraial  por ficar sem a boneca,e levei com uma varinha de cedro por a minha mãe ficar sem o dinheiro e eu ser teimosa.Se a minha mãe tivesse explicado talvez eu tivesse percebido o motivo de não querer comprar,ou talvez não como criança talvez não aceitava o conselho e só queria a boneca.Mas havia outro género de doce que também se gostava muito nos Arraial era uns bolos chatos num desenho de um ovo,com um sabor do bolo de mel da cor do bolo de mel.Isso a minha mãe comprava um a cada um.Tinha um nome de sessões era saboroso porque levava mel de cana,doce e com sabor a erva doce.Vou colocar aqui a foto de umas broas que encontrei mas era mais chatos e mais escuros.
Estas são broas de passas.